Doctor Who (4ª Temporada, 1967) – Arco 036: The Evil of the Daleks, Parte 2
Skaro e o Imperador dos Daleks.
UMA
DESPEDIDA PARA OS DALEKS… PELO MENOS POR ENQUANTO. “The Evil of the Daleks”, a conclusão da quarta temporada de
“Doctor Who”, foi pensada como o encerramento da história dos primeiros
vilões a fazerem muito sucesso na série – e de fato os Daleks só voltariam
a aparecer de verdade na série em “Day
of the Daleks”, uma história da 9ª Temporada, com o Terceiro Doctor.
Desse modo, temos aqui uma história grandiosa, que apresenta o que deveria ser
“o plano definitivo dos Daleks”, e nos leva até Skaro, o planeta de origem dos
saleiros, e nos apresenta ao Imperador dos Daleks… felizmente, o Segundo Doctor
também tem algumas ideias de como enfrentar esses Daleks, e pretende se
aproveitar da ideia deles de “extrair o Fator Humano”.
Jamie foi
enviado em uma missão para resgatar Victoria Waterfield, e o Doctor ficou
encarregado de observar, detalhar e “separar” o Fator Humano de suas ações, que
seriam implantadas em um cérebro positrônico (oi, Isaac Asimov!) nos Daleks… e
é justamente aí que o Doctor acha que está a sua grande oportunidade. Uma das
melhores coisas dessa história foi ver o Jamie questionando as atitudes do Doctor quando ele parece estar ajudando os Daleks, porque ele
pode ter aprendido a confiar no Doctor, mas ele também tem suas próprias
convicções muito marcadas, e se o Doctor é capaz de ajudar criaturas tão más quanto os Daleks, então ele acha
que a parceria entre eles acabou… pelo menos até ele entender a extensão dos
planos do Doctor.
As ações de
Jamie no resgate a Victoria Waterfield incluem uma série de características
humanas que são desprezadas pelos
Daleks – características como a compaixão.
Se o Doctor estiver correto, o cérebro positrônico com o Fator Humano criará
Daleks diferentes… Daleks com
sentimentos como a compaixão. E isso rende, certamente, uma das melhores cenas
de “The Evil of the Daleks”,
quando os três Daleks que recebem o Fator Humano passam a se comportar… bem,
como humanos. Mais especificamente, como
crianças humanas. Os três “Super Daleks” querem brincar com o Doctor, o
chamam de “amigo” e são nomeados por ele, como Alfa, Beta e Ômega, se tornando,
de fato, possíveis aliados na batalha que está por vir contra os demais Daleks.
Para começar, eles QUESTIONAM.
Não obedecem
simplesmente por obedecer.
O plano dos
Daleks é, na verdade, diferente do
que o Doctor imaginara… toda a questão do “Fator Humano” era apenas um desvio para o que eles estavam realmente
querendo isolar, em contrapartida: o “Fator Dalek”. Quando o Doctor e os demais
chegam a Skaro, eles se deparam com o perigoso Imperador Dalek e com uma
“proposta”: o Imperador pretende devolver ao Doctor a sua TARDIS, desde que ele
espalhe o Fator Dalek por toda a Terra – e o Doctor sabe que precisa de um outro plano, porque não existe como
ele sacrificar a vida de um planeta
inteiro, mesmo que ele consiga uma boa negociação e salve a vida de todos
que estão ali, como o Jamie e a Victoria. Esse arco mesmo foi muito sobre como o Doctor se importa com
qualquer forma de vida.
Seus Daleks
com o Fator Humano podem ser de grande ajuda, no fim das contas… afinal de
contas, eles questionam o porquê das
ordens, algo a que o Imperador Dalek nunca esteve habituado, porque Daleks
foram feitos para obedecer cegamente e sem perguntas. E eu adoro ver o Segundo
Doctor tendo ideias e armando planos – sua flautinha o ajuda muito a pensar e a
chegar nessas ideias! Assim como Maxtible é “convertido” em um Dalek, o Doctor
finge que o mesmo acontece com ele, mas a máquina dos Daleks não funciona com
ele, porque ele não é humano, no fim das
contas… e eu gosto de como “Doctor
Who” vai lentamente explorando mais da natureza alienígena do Doctor, algo
que não era muito claro durante a era do Primeiro Doctor.
O plano do
Doctor funciona à perfeição… agindo como se fosse um deles, o Doctor consegue
dar ideias que servem aos seus propósitos, transformando um monte de Daleks graças ao Fator Humano, por exemplo, e quando
alguns Daleks se voltam contra outros, é uma questão de tempo até que eles
destruam uns aos outros, com o Imperador Dalek dando ordens, alguns Daleks o
obedecendo, outros questionando… e, assim, Skaro se torna um verdadeiro campo
de batalha, com muitos e muitos Daleks sendo destruídos, um após o outro.
Durante a guerra, Waterfield é assassinado por um Dalek para salvar o Doctor e
os demais, e o Doctor promete que ele tomará conta de Victoria, e o Doctor,
Jamie e Victoria conseguem escapar da cidade em chamas…
Agora,
Victoria viajará com eles.
Bem-vinda à
TARDIS, Victoria Waterfield!
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