Doctor Who (5ª Temporada, 1967) – Arco 037: The Tomb of the Cybermen

“Well, now I know you’re mad, I just wanted to make sure”

A VOLTA DOS CYBERMEN E O INÍCIO DE UMA NOVA TEMPORADA! Escrito por Kit Pedler e Gerry Davis – Kit Pedler foi o responsável por “The Moonbase”, que é o meu arco favorito na temporada anterior, e ele e Gerry Davis foram juntos responsáveis por “The Tenth Planet”, o episódio de despedida do Primeiro Doctor, que também apresentou os Cybermen – e dirigido por Morris Barry, “The Tomb of the Cybermen” é o arco de estreia da quinta temporada de “Doctor Who”, e foi exibido originalmente entre 02 e 23 de setembro de 1967, em quatro partes, sendo o único arco da temporada a contar com apenas quatro episódios – todos os quatro, felizmente, sobreviveram, e é uma delícia poder acompanhar uma história completa do Segundo Doctor.

Os primeiros minutos do episódio se dedicam rapidamente a mostrar a reação de Victoria Waterfield depois de ser levada para dentro da TARDIS pela primeira vez – afinal de contas, o Doctor e Jamie não podiam deixá-la sozinha em Skaro depois da aparente destruição dos Daleks e de ela ter acabado de ficar órfã. A cena conta com a Victoria surpresa com o tamanho do interior da TARDIS, uma explicação breve sobre como ela é uma nave que pode viajar no tempo e no espaço, algo que ela verá em ação logo em seguida, e o Doctor pedindo que Jamie a leve para colocar outra roupa, porque aquele vestido é inviável para o que quer que eles costumam encontrar do lado de fora… a cena também traz o Doctor comentando a sua idade, algo por volta de 450 anos terrestres.

Com tudo pronto, a TARDIS se materializa em Telos, onde um grupo de humanos está prestes a cometer um erro terrível. Particularmente, eu gosto muitíssimo de histórias com Cybermen. Assistindo à série clássica, percebemos como “Doctor Who” encontrou, nos Cybermen, vilões à altura da popularidade dos Daleks – e eu os acho incrivelmente mais interessantes. O Doctor, Jamie e Victoria se deparam com um grupo de arqueólogos que está para entrar na TUMBA DOS CYBERMEN, e o Doctor jamais poderia ir embora depois de ouvir esse nome novamente. Aquele é, supostamente, o lugar onde os últimos Cybermen estão enterrados há séculos depois de serem extintos, mas nós somos treinados o suficiente em “Doctor Who” para saber que as coisas não são bem assim…

O primeiro membro do grupo de arqueologia morre antes mesmo de entrar na Tumba dos Cybermen, mas coisas sinistras continuam acontecendo do lado de dentro – e tudo indica que não há como fugir daquele planeta, mesmo quando esse é o curso de ação mais sensato possível. Sem ter como sair, a “única outra alternativa” é explorar, e é o que eles fazem, com o Doctor acompanhando tudo de perto, e sendo mais inteligente que todo mundo, porque ele “mantém os ouvidos abertos e a boca fechada”. O principal problema é que, em algum lugar dentro de uma escotilha, vários Cybermen estão congelados, esperando justamente por alguém como Klieg para vir e libertá-los… alguém estúpido o suficiente para achar que pode “controlar” os Cybermen.

Jamie estava sensacional! Eu fico muito feliz em saber que teremos o Jamie conosco até o fim da era do Segundo Doctor, porque ele se tornou um dos meus companions favoritos da Série Clássica. Eu gosto da energia dele, eu gosto de como existe uma veia cômica meio tímida, mas notável, de como ele se sente à vontade com o Doctor, com a TARDIS, com a ação… a dinâmica dele e do Doctor pode ser expressa numa cena tão simples quanto aquela na qual o Doctor diz que “o que eles estão fazendo é perigoso e quem não se sentir confortável pode sair da sala” e o Jamie se vira imediatamente para sair, mas o Doctor solta um “Você não, Jamie”, e ele volta ao controle da máquina que eles ainda estão tentando entender. É tão simples, tão breve e tão maravilhoso.

Possivelmente meu momento favorito na história!

Victoria Waterfield, por sua vez, ainda não mostrou o suficiente a que veio. É impossível desgostar dela, por ora, mas a personagem tampouco teve alguma ação importante – e teve um grito dela que me fez pensar na Susan e me deu calafrios. Ainda assim, ela e o Segundo Doctor compartilham uma conversa muito bonita na qual ela está falando sobre o pai, sobre como sente sua falta e como ainda pode vê-lo quando fecha os olhos, e o Doctor fala brevemente sobre a sua própria família, e sobre como ele pode se lembrar deles, se quiser, mas ele precisa se concentrar para trazer a imagem deles de volta à mente… no restante do tempo, eles seguem lá, “adormecidos em sua mente”. Há algo de muito poético, e eu gosto de ver o Doctor explorar essa faceta de si.

Os Cybermen, por sua vez, uma vez descongelados e trazidos de volta à vida, planejam transformar os arqueólogos em Cybermen – para isso, eles precisam ser “alterados”, e passarão por um processo no qual o medo e outras “fraquezas” serão eliminadas. O mais desesperador, talvez, é o fato de que o Doctor precisa lidar não apenas com os Cybermen e seus planos, mas também com humanos burros o suficiente para se acharem no comando, e é isso o que dificulta de verdade as coisas, sabe? De todo modo, “The Tomb of the Cybermen” é um arco importantíssimo para “Doctor Who” e para as futuras aparições dos vilões, porque é aqui que conceitos como do Cybermat e do Cyber Controller são introduzidos… e em breve veremos mais disso!

“The Tomb of the Cybermen” é um arco excelente – e é claro que poder vê-lo na íntegra como ele foi exibido originalmente ajuda muito. Com um bom roteiro, bom desenvolvimento e o tempo ideal de 4 episódios, acho que temos um grande começo de temporada aqui! É bom estar de volta. Dessa vez, o Doctor consegue congelar novamente os Cybermen em sua tumba, como eles estavam antes da chegada do grupo de arqueólogos, e Toberman sacrifica a própria vida para acabar com o Cyber Controller e fechar a entrada para Telos, mas o Doctor não sabe se essa será a última vez que eles verão Cybermen… ele apenas diz que “não gosta de fazer previsões”. Então, o Doctor, Jamie e Victoria partem novamente para a TARDIS, rumo aonde quer que a nave os leve…

 

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