Garfield: Fora de Casa (The Garfield Movie, 2024)

Quem não odeia segundas-feiras?

Preguiçoso, mal-humorado, esfomeado, adora assistir televisão e detesta segundas-feiras… não é à toa que tanta gente se identifica com o Garfield no mundo todo! O personagem, criado por Jim Davis e publicado pela primeira vez em 1976 (a partir de 1978 em escala não-local), conquistou o mundo ao longo de seus quase 50 anos de história! O gato laranja mais faminto e mais rabugento da história ganhou várias tirinhas, algumas animações e dois filmes em live-action aos quais eu tenho um apego emocional muito grande – o primeiro deles de 2004, o segundo de 2006. Agora, em 2024, o gato está de volta aos cinemas, dessa vez em versão animada, vivendo uma aventura fora de casa que é tudo o que ele não queria fazer em um dia normal.

Infelizmente, eu esperava mais do filme… achei bem fraquinho. Apesar de tentar dar uma história de origem para o Garfield e de trazer o seu pai à cena, o que rende alguns momentos fofinhos e emocionantes ao fim do filme, eu acho que há algo de errado com o ritmo de “Garfield: Fora de Casa”, e em alguns momentos eu o achei tedioso… apesar de amar o Garfield, eu tive dificuldade para me conectar verdadeiramente com a história e com os personagens – a não ser, talvez, pelo Odie, que estava uma gracinha e, na minha opinião, foi a grande estrela desse filme! Mas é uma animação tecnicamente competente, e tem um visual bem colorido que deve chamar a atenção das crianças… mas não é algo memorável que eu faço questão de ver mais de uma vez.

O filme começa com o Garfield nos contando como ele foi abandonado em um beco escuro em uma noite chuvosa, e o vemos ainda filhotinho chamando a atenção de Jon através da janela de um restaurante – um restaurante cujos pratos ele devora todos a partir do momento em que ele é convidado a entrar… e, então, Garfield encontra um novo lar. Agora, no entanto, anos depois, Garfield e Odie são sequestrados por uma gata malvada, a Jinx, que pretende usar o Garfield para se vingar de Vic por causa de algo que aconteceu no passado, e Garfield nem quer ser parte dessa história… afinal de contas, ele acha que Vic, seu pai, o abandonou naquele dia no beco. O que ele está prestes a descobrir, no entanto, é que as coisas não são exatamente como ele pensava…

Então, Garfield e Odie acabam se juntando a Vic em uma missão para invadir uma fazenda que produz leite, e se tornam amigos de Otto, um touro que quer se reunir com a sua amada Ethel, e resgatar Ethel também se torna parte da missão… toda a trama da invasão da Fazenda Lactose rende um monte de ação e vários imprevistos em um sistema intricado, e o eventual resgate de Vic também, quando Garfield descobre que o pai não é tão ruim quanto ele sempre pensou que ele fosse e resolve levar o Odie e pedir a ajuda de Otto para resgatar o pai das garras malvadas de Jinx – tem perseguição em cima de um trem em movimento e quedas rumo a um penhasco mortal e tudo, mas eles conseguem se sair bem… com um pouquinho dos conhecimentos inusitados do Garfield.

A conclusão do filme, embora previsível e clichê, acaba sendo a minha parte favorita de toda a história… achei bonitinha a maneira como o Garfield descobre que o Vic não o abandonou e que ele vinha visitá-lo rotineiramente, para se certificar de que ele estava bem e para vê-lo crescer, e como o Garfield, depois de ter saído de casa para salvar a sua vida, também sai de casa para convidar Vic para dentro, e Jon ganha um novo animalzinho de estimação – quer ele queira ou não. É uma boa montagem a de Vic se tornando parte da família, com direito a uma substituição do quadro na parede e tudo (!), e eu termino o filme com uma sensação boa… não é um filme realmente bom, e temos um monte de animações melhores que essa à disposição. Mas ainda assim se pode tirar algo dele.

No entanto, eu terminei com vontade de rever o “Garfield” de 2004…

 

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