Glee 2x01 – Audition

“I wanna be a billionaire so freakin’ bad”

COMO EU AMO ESSE RETORNO! Exibido originalmente em 21 de setembro de 2010, Audition é o primeiro episódio da segunda temporada de “Glee”, e é um retorno maravilhoso! Eu gosto de como, mesmo em uma maratona, você pode perceber as mudanças de uma temporada para a outra, e a série está com um ar novo do qual, particularmente, eu gosto bastante. O episódio é excelente apresentando alguns de seus novos personagens – a Bestie como a nova treinadora de futebol do McKingley High; o Sam como possível novo membro do New Directions; e a Sunshine, como a voz incrível que a Rachel deu de presente ao Vocal Adrenaline por egoísmo –, além de ter números musicais de tirar o fôlego. É realmente uma maneira incrível de iniciar uma nova temporada!

Depois de um ano de razoável sucesso para o glee club, Will Schuester espera que um monte de gente vai se inscrever para o clube, mas não é o que acontece… talvez porque a Sue tenha razão e ninguém quer ser parte de um clube que nem mesmo tem audições e “qualquer um que se inscrever pode entrar”, ou então eles sabem como os membros do New Directions são tratados o tempo todo pelos valentões da escola. De todo modo, Will precisa convencer o New Directions de que eles precisam de novas vozes para ter chance contra o Vocal Adrenaline nas Nacionais que serão em Nova York naquele ano (!), e é assim que eles se apresentam com “Empire State of Mind”, e tanto a Rachel quanto o Finn percebem novos membros em potencial reagindo à música.

Finn percebe Sam Evans, o garoto novo, e eu gosto dos paralelos traçados entre a apresentação de Sam e a de Finn, na temporada anterior – assim como Will o ouviu cantar no vestiário enquanto procurava novos membros para o New Directions, Finn escuta Sam cantar no chuveiro em uma cena quase idêntica à do Piloto, e então ele o procura, mais tarde, para convencê-lo a se inscrever… e é assim que ganhamos a deliciosa versão de “Billionaire”, e eu preciso registrar algo: eu me apaixonei pelo Sam desde o primeiríssimo momento. Esse início do Sam é parecidíssimo com a trama de Finn na temporada anterior: ele gosta de cantar e se diverte cantando com os meninos, mas ele também quer jogar futebol e ele não quer ser tratado como um “perdedor”.

No fim, ele não tem coragem de ir à “audição”.

Uma das minhas histórias favoritas no episódio é justamente a de Beiste, que é a treinadora de futebol que chega ao McKingley High para substituir Ken Tanaka depois de ele “ter um colapso nervoso”, e ela chega trazendo uma notícia que não agrada nem à Sue Sylvester nem ao Will Schuester: haverá corte de gastos nos seus respectivos clubes. Acho perfeitamente justo que as Cheerios tenham um corte de gasto mesmo, e o que a Beiste fala sobre “não fazer sentido as líderes de torcida terem mais orçamento do que o time para o qual elas torcem” (!), é um tanto injusto o glee club ter um corte de 10%, levando em conta que eles já não recebem quase nada… de todo modo, isso possibilita uma espécie de “parceria” temporária (e perigosa) entre Sue e Will.

E é alarmante, diga-se de passagem. Sue sabe como tornar a vida de alguém um inferno, e é desconcertante ver o Will embarcando nessa coisa toda, em constantes humilhações com Beiste… que, felizmente, não duram por parte de Will, porque ele vai cada vez se sentindo menos como ele mesmo e mais como Sue, e essa não é a pessoa que ele quer ser. Ainda assim, momentos bastante fortes saem dessa trama, e Beiste é uma personagem riquíssima que já demonstra todo o seu potencial dramático em tramas futuras nesse primeiro episódio: a maneira como ela explode, como deixa transparecer seus traumas, como chora em silêncio no vestiário passando batom na frente do espelho… é um alívio quando Will muda a sua atitude com ela.

E ainda tem muita coisa boa pela frente!

Também talvez seja importante comentar, porque essa será uma trama importante eventualmente, todo o sofrimento de Artie… durante as férias de verão, Tina e Mike se apaixonaram enquanto trabalhavam no mesmo acampamento – e o Mike voltou mais lindo do que nunca nessa segunda temporada, e não dá para culpar a Tina por ficar caidinha por aquele abdômen sarado enquanto ele dança, sabe?! –, e Artie está se sentindo triste, e querendo encontrar uma maneira de recuperar a sua ex-namorada. Para isso, ele pensa em entrar no time de futebol, o que inicialmente parece um absurdo. É assim que Finn reage, e é assim que a Beiste reage também, porque fica parecendo que é uma brincadeira e que Finn está tentando fazer com que ela pareça um monstro na frente de todos.

É tão triste ver a Beiste sempre na defensiva. Quanta coisa ela já enfrentou na vida!

Por fim, temos toda a trama de Sunshine – e o terrível egoísmo de Rachel que é sempre um grande problema para o New Directions, diga-se de passagem. Depois de ver Sunshine cantarolando junto com eles na apresentação de “Empire State of Mind”, Rachel a encontra no banheiro e a incentiva a se inscrever para o glee club… bem, pelo menos até ouvi-la cantar e ver o vozeirão que ela tem. As duas entregam, ali no banheiro, uma das minhas cenas FAVORITAS de “Glee”, que é “Telephone”: as vozes das duas, o “duelo” que só parte de Rachel enquanto a Sunshine parece estar se divertindo em cantar com alguém, e o “Shut up!” de Sue, que entra no banheiro apenas para mandá-las calar a boca. O talento inegável de Sunshine, no entanto, deixa Rachel apreensiva…

Então, Rachel manda a Sunshine para um ponto de crack para que ela não vá à audição (!), acaba sendo descoberta e forçada a “corrigir seu erro”, mas embora a Sunshine entregue uma apresentação PERFEITA de “Listen”, de “Dreamgirls” (sério, A VOZ DESSA MENINA É DE ARREPIAR!!!), e seja recebida de braços abertos pelos demais membros do New Directions, ela escolhe não ficar no McKingley High… afinal de contas, ela já percebeu que a Rachel vai fazer da vida dela um inferno se ela ficar ali, e ela não se sente mais segura depois da história do ponto de crack e tudo o mais – então, ela muda de escola e VAI PARA O VOCAL ADRENALINE. Rachel, por sua vez, precisa pensar no que fez ao som de “What I Did For Love” e admitir que não fez isso pelo New Directions, como tenta dizer…

Ela fez por ela e exclusivamente por ela. E errou. Errou muito feio.

 

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