Heartstopper 3x07 – Together

“Nick… shut up”

AI QUE DELÍCIA DE EPISÓDIO! Romântico, bonito… sincero. “Together”, o sétimo episódio da terceira temporada de “Heartstopper” traz um momento importantíssimo para o relacionamento de Nick e Charlie – algo pelo que eles têm esperado há muito tempo. Nick e Charlie já estão namorando há vários meses, e os beijos entre eles têm se tornado… cada vez mais quentes? Pelo menos é o que parece quando a mente deles viaja a outros lugares e o Nick imagina que está beijando Charlie calorosamente no meio do campo de futebol ou algo assim, sabe? E eu preciso dizer que eu AMO essa fase do relacionamento deles, porque tudo parece tão cheio de expectativa, mais ou menos como a sensação que tínhamos no início da série com cada olhar, sorriso, toque de mão…

Essa trama rende vários momentos MARAVILHOSOS, o primeiro deles sendo aquela aula de Educação Sexual na qual o Charlie está, e que é a coisa repetida de “colocar uma camisinha no pepino”. Tem duas coisas que eu gosto muitíssimo nessa sequência: a primeira delas é a ousadia do Nick dizendo que “talvez o Charlie devesse tentar em outra coisa que não é um pepino”, que é algo que me fez sorrir de orelha a orelha quando eu estava lendo os quadrinhos; a segunda é toda a relação do Charlie com o Tao, que é um fofo dando conselhos que são, de verdade, muito bons. Inclusive, os conselhos do Tao são tão bons e a aula de Educação Sexual parece tanto um desastre, de modo geral, que ele chega a comentar que “ele deveria estar dando aquela aula”. Talvez devesse mesmo.

Nick e Charlie estão naquela fase gostosa do desejo, da imaginação, da expectativa… algo que nos deixa nervosos, mas que é, ao mesmo tempo, uma sensação boa. E eu acho que é ainda mais gostoso para eles por saberem que ambos querem a mesma coisa… ambos estão esperando por isso. Amei vê-los correndo para casa exclusivamente para poderem se agarrar, embora eles sejam interrompidos por David (!), e amei ainda mais a cena do Michael dando conselhos sobre como dormir um na casa do outro não é essencial para o que eles querem fazer – e ele está certo, sabe? Amo detalhes como os dois se observando mutuamente no vestiário, se beijando no último treino de rúgbi do ano, como se não pudessem passar nenhum minuto separados…

Então, Nick convida Charlie para dormir na sua casa – e Charlie sabe que não vai ser fácil convencer a mãe, mas isso não quer dizer que ele não vai tentar… enquanto isso, outras tramas também se desenvolvem no episódio, como a Charlie recebendo um convite interessante do Sr. Ajayi, para ele se candidatar a líder de turma no ano seguinte… isso pega o Charlie de surpresa, mas o professor pede que ele pense sobre isso durante o verão, só isso. Eu já gostava muito dessa cena dos quadrinhos, mas eu acho que ela ganha um significado a mais na série pela maneira como é apresentada. Quando o Charlie está saindo, o Sr. Farouk o chama de volta para dizer que tem alunos mais novos que achariam inspirador tê-lo como líder de turma, e em um breve momento, ele vê a si mesmo, criança, ali…

Ele era uma criança que admiraria o Charlie.

Ele é um adulto que admira o Charlie.

Também vemos um pouco de como Elle está lidando com o ato de transfobia que ela enfrentou no momento que era para ter sido tão especial, porque ela queria falar sobre a sua arte na rádio… as cenas são bem emotivas, e se dividem entre a Elle não sabendo conversar com o Tao e temendo que ele não vá entendê-la, e para isso ela tem amigas incríveis que a entendem porque também já passaram por isso, e as cenas em que o Tao tenta fazê-la se sentir melhor porque sabe que ela não está bem. O Tao tem sido um fofo, e eu acho que há muito sentimento na maneira como ele prepara aquele vídeo para Elle, para mostrar o quanto ela é incrível, e ela confia nele no momento em que ele diz que “ela pode conversar com ele” e que “ele vai tentar entender”.

Fofos demais.

Tara, por sua vez, está vivendo… está dançando como ama dançar, está transando com Darcy, e está pensando no futuro. Amo a maneira como o papel de Tara cresceu na série para ser um suporte para o Nick, de alguma maneira. Ela tem falas muito sensatas que são coisas que o Nick precisa ouvir… quando ela pergunta exclusivamente sobre ele, e não sobre o Charlie, ou quando ela diz que ele não pode se esquecer que ele também passou por muita coisa nesses últimos meses – está tudo bem admitir que a doença de Charlie também o afetou. Essa é uma discussão interessante de “Heartstopper”: a maneira como o Nick, de alguma maneira, deixou de pensar e de cuidar de si mesmo enquanto estava preocupado demais com Charlie… e, agora, quem ele é?!

Depois de Charlie tentar amaciar à mãe e pedir para dormir na casa de Nick e os dois terem mais uma discussão, a série entrega momentos bem significativos… na verdade, eu acho a briga entre o Charlie e a mãe bem importante, porque existe um quê de proteção e de responsabilidade por parte da mãe dele que não é algo necessariamente ruim, mas o Charlie também está certo quando diz que ela o vê como alguém “frágil”, que “não pode ficar sozinho”, porque “ele tem uma doença mental”, e ele não quer ser tratado dessa maneira para sempre… Tori tenta defender o irmão no meio da discussão, mas Charlie tampouco quer ouvir naquele momento – ele diz que “não é mais uma criança” e que “ele tem 16 anos, então se quiser ver o namorado, ele vai ver o namorado”.

Quando ele chega na casa de Nick, sem avisar, logo depois de o Nick estar pesquisando sobre faculdades e estar imaginando Charlie “o distraindo”, a conversa surpreendentemente se volta mais ao Nick do que ao Charlie… o que é uma primeira vez. Charlie menciona a briga com a mãe, mas é Nick quem fala de verdade, e é lindo vê-lo se abrir sobre sua insegurança, sobre o seu sentimento de “se sentir perdido” quando não está com o Charlie, de “não conseguir falar com mais ninguém como fala com ele”. Tudo isso é MUITO BOM, e isso cria uma intimidade a mais entre eles, o que é uma boa introdução para o que conclui o episódio, que é o momento em que eles se entregam à primeira experiência sexual deles juntos… e foi uma cena tão bonita, tão bem-feita!

Muito feliz por eles! Mas eles ainda têm mais passos a dar!

 

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