Jack & Joker: U Steal My Heart – Episode 9

“Wanna be my boyfriend?”

Eu GOSTO de “Jack & Joker: U Steal My Heart”, e gosto DE VERDADE, e mantenho os elogios que tenho feito à série, tanto em minhas reviews quanto na minha participação em uma edição do Podcast Episódio 11 sobre a série, mas OS EPISÓDIOS SÃO LONGOS DEMAIS. Eu acho que episódio longo demais é um problema, mas isso é, e eu entendo, uma percepção e opinião pessoal; no caso de “Jack & Joker”, no entanto, eu vejo um problema que NÃO É subjetivo: os episódios não justificam sua duração. É muito desconfortável assistir a um episódio e perceber o quanto ele poderia ser mais enxuto porque várias cenas são ou desnecessárias ou mais longas do que precisavam ser… é ruim terminar o episódio com a sensação de que “isso poderia ter sido contado em 30 minutos”.

Um episódio de 1h14min que poderia ser resumido em 30min? Não é um elogio.

Acho que o episódio traz, sim, algumas (mas não muitas, veja bem) coisas importantes, mas de uma maneira arrastada que me passou uma sensação de que o episódio foi cansativo… e um episódio de série é feito, teoricamente, para ser assistido de uma só vez – dividi-lo em duas partes, em dois dias, é uma decisão válida, mas isso não muda o fato de que ele não foi concebido para ser consumido dessa maneira. Assim, temos um início que não parece agregar muito à série em si, e uma sequência de assalto que é muito (mas muito mesmo) mais longa do que deveria ser… a tensão, a emoção e o impacto de sequências assim se diluem ao longo dos minutos demorados que acabam prejudicando a experiência. Quer dizer que foi de todo ruim? Não. Mas foi cansativo, foi desnecessariamente longo.

É aniversário do Jack, e ele planeja voltar para casa para comer um bolo com o Joke, a avó e os amigos, mas Rosé acaba o “segurando” porque ela já fez planos com ele naquela noite, e o Jack é “bonzinho demais” para deixar ela chateada porque vai ter que cancelar todo o jantar – mas ele não vê problema em possivelmente deixar o Joke e a avó chateados. Joke, no entanto, está em sua própria missão… quando o vemos observar o Jack à distância enquanto ele está em um dos seus aparentes “encontros” com Rosé, imaginamos que ele só quer saber o que está acontecendo, mas a verdade é que ele está estudando… ele faz um acordo com o Boss para tentar negociar a liberdade de Jack – interesse pessoal? Talvez, porque ele quer o Jack livre para ser seu namorado, sabe?

E não dá para julgá-lo…

Parece que “Jack & Joker: U Steal My Heart” GIRA EM TORNO DE ANÉIS, tal qual “O Senhor dos Anéis” ou “Os Anéis de Poder”. Dessa vez, Joker recebe a proposta de roubar um anel para o Boss em troca da liberdade de Jack – ele prometera ao Jack que não roubaria mais nada, mas ele está fazendo isso por ele… imagino que haverá algum drama futuramente quando o Jack descobrir que “Joker voltou a roubar por ele” ou qualquer coisa assim, mas isso é uma preocupação para o meu eu do futuro. Nesse momento, vemos Joker tentar entrar em um jantar dos Quatro Cavaleiros (!) com a ajuda de sempre de Tattoo, Hoy e Arun, que se tornou mesmo parte do grupo, e um daqueles planos mirabolantes, que agora envolve uma caixa e um frio danado…

Como eu disse: longo demais. Há certo apelo em vermos o Joker em ação – ele é um ladrão lendário, afinal de contas! –, mas a sequência foi se estendendo e se estendendo até que eu estivesse me perguntando se ela não ia acabar nunca… tendo que lidar com imprevistos, um atrás do outro, e algumas questões que acabam o atrasando (ouvir a conversa de Jack e de Rosé, no entanto, é algo que o Joke colocaria no diário com alguns coraçãozinhos ao lado, tenho certeza), Joke recebe uma ajuda inesperada e, no fim, ele tem sucesso na missão. Com aquele roubo, Joke “compra” a liberdade de Jack, mas isso não quer dizer que tudo vai ficar bem de uma hora para outro… Boss não “perderia” assim tão fácil, e agora ele quer “limpar a bagunça” que deixou pra trás.

Mas pensemos nisso depois e falemos de romance…

Rosé está acreditando piamente que vai se casar com Jack em algum momento, e ela resolve soltar essa dica quando mostra a ele o anel – justamente o anel que Joke “tem” que roubar – e diz que é de sua família e um dia será do homem que se casar com ela… que ela espera que seja ele. Jack, no entanto, não planeja seguir com isso. Inicialmente, não dá para ter certeza de para onde a resposta de Jack está caminhando, e imagino que tenha sido bem doloroso para o Joke estar ali, escutando, mas Jack acaba dizendo a verdade a Rosé: que ele não pretende se casar com ela porque não a ama, e que já tem outra pessoa de quem ele gosta… eu consigo imaginar o coração de Joke acelerado naquele momento, e eu acho isso fofo. Mais tarde ele vai processar essa informação.

Naquela noite, as coisas parecem absurdamente bem… Jack está radiante por sentir que tirou um peso de suas costas, tanto por dizer a verdade a Rosé quanto por não estar mais em dívida com o Boss, e Joke está feliz por saber que foi ele quem conseguiu “comprar” essa liberdade, e mais do que isso: ele está feliz de verdade porque tudo o que ele queria era ver o Jack bem. Joke faz uma pequena “surpresa de aniversário” para o Jack (o presente vem mais tarde, sabe?), e os dois compartilham um momento bonito, um momento interessante, que vai construindo o clima para o momento em que eles finalmente concretizam a sua relação. Jack conta para Joke que Rosé o pediu em namoro naquele dia e, como quem não sabe de nada, Joke pergunta o que ele respondeu…

Jack diz que a dispensou, porque já gosta de outra pessoa.

Achei muito bonita a coisa com o “Verdade ou Desafio” – acho que tem algo de sensual ali… acho que é uma excelente construção de tensão. Jack propõe o jogo, e quando a garrafa aponta para ele e ele escolhe “Verdade”, Joke pergunta de imediato de quem ele gosta, e Jack responde que é dele… depois, Jack “manipula” a garrafa para apontar para Joke, e quando Joke escolhe “Desafio”, Jack pergunta se ele quer ser seu namorado. A maneira como Joke afasta as coisas para se aproximar de Jack é muito provocante, e então os dois se entregam a um beijo ávido, impaciente, meio desconjuntado, mas urgente. Era o que eles queriam fazer há muito tempo, e eu gosto de vê-los se entregando, de saber que eles estão indo “celebrar” o aniversário de Jack sozinhos no quarto…

Fico feliz por eles!

 

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