Amigas e Rivais – Nayeli ajuda Ofelia!

“Nayeli fez tudo, Jimena!”

E ESSE É O COMEÇO DE UMA AMIZADE! Nayeli sempre foi uma pessoa feliz, cheia de vida e de sonhos, e de coração bom. Ofelia, por outro lado, não era assim tão admirável, com o seu jeito arrogante de ser, sempre se sentindo superior aos demais, desprezando pessoas como a Nayeli e a Laura porque “elas eram pobres”. Mas é impressionante o que uma doença como a de Ofelia pode fazer com uma pessoa, porque a partir do momento em que ela descobriu que era soropositiva, ela começou a repensar toda a sua vida – e Nayeli tem uma grande participação nisso tudo. A primeira vez em que Ofelia olha para Nayeli de um modo diferente é em Acapulco, quando ela passa mal sozinha em seu quarto é Nayeli quem a encontra, quem liga para o médico e quem pede uma ambulância, sempre com uma atenção sincera, preocupada com a garota, e fazendo de tudo para ajudá-la.

Quando Ofelia diz que “vai morrer”, Nayeli lhe pede que ela não diga isso. Enquanto espera a ambulância, Nayeli cuida de Ofelia preparando umas toalhas molhadas para tentar ajudar a controlar a febre, e isso quase me fez chorar – ao ver o quanto Nayeli era uma boa pessoa. Dali em diante, Nayeli ajudou Ofelia de muitas maneiras, e não apenas salvando a sua vida. Mas também assim. Ofelia reconheceu o esforço e a importância de Nayeli em todo o processo, quando Jimena ainda está com a mesma atitude de antes em relação a ela (“Nayeli fez tudo, Jimena. Foi ela que percebeu que eu estava mal, ligou para a ambulância… e até me acompanhou até aqui!”), e o seu sorriso agradecido é sincero, e percebemos que esse é um ponto de virada importante para Ofelia, talvez muito mais significativo do que o próprio momento em que ela descobre que está doente.

A partir de então, Ofelia não ficou mais contra Nayeli, para desgosto de sua melhor amiga – afinal de contas, Jimena agora detestava Nayeli ainda mais porque estava encantada por Johnny, e ele só tinha olhos para “a garota pobre deportada dos Estados Unidos”. Os dois finalmente se reencontram quando Johnny liga para a casa em busca de Jimena e é Nayeli quem atende, com um sorriso imenso no rosto, e toda uma fofura que a torna ENCANTADORA! Nayeli sai para visitar Johnny, enquanto Jimena age com estupidez, e Ofelia defende a nova amiga. Infelizmente para Johnny, no entanto, Nayeli continua não sentindo por ele o mesmo que ele sente, e ele abandonou tudo para vir atrás dela, talvez em vão. De todo modo, Nayeli não deixa que Jimena a humilhe ainda mais, como tenta, e a provoca, dizendo que “Johnny a ama” e tudo o mais.

Eu adoro sua atitude “afrontosa”.

Mas adoro mais a amizade de Nayeli e Ofelia e os ciúmes de Jimena em relação a isso – Nayeli, por exemplo, como cozinheira da casa, traz o jantar de Ofelia, que é uma comidinha sem graça de legumes cozidos, e Ofelia reclama que queria outras coisas, porque é natural que se reclame, mas Nayeli é irredutível e diz que quer cuidar dela e, para isso, seguir as instruções que o médico lhe deu. Jimena leva a sério demais as reclamações de Ofelia e se volta contra Nayeli, dizendo que “ela não é a sua mãe”, mas Ofelia sorri, pega a mão de Nayeli no meio das suas e agradece, dizendo que “ninguém cuida melhor dela do que a Nayeli”. E Nayeli faz isso de modo TÃO ALTRUÍSTA, apenas porque realmente se importa com Ofelia, e é um tipo de relação que Jimena não pode entender… certamente ela seria muito mais feliz se enfim conseguisse entender isso.

Acho que uma das melhores “ajudas” que Nayeli dá a Ofelia é em relação ao “Feio”. Ou melhor, o Ulises. Porque a ajuda de Nayeli é muito mais do que “ligar para a ambulância” ou “servir comida”, coisa que qualquer pessoa poderia fazer, mas é SE IMPORTAR com Ofelia de verdade, e ensiná-la valores que talvez ela nunca tenha tido quem a ensinasse na vida… e isso a faz crescer como pessoa. Jimena e Ofelia sempre gostaram de humilhar o Ulises por ele ser feio, mas quando Nayeli chega a uma festa em Acapulco com ele, ela dá uma lição em Ofelia, e diz que ela não devia julgar as pessoas pela aparência, porque tampouco ia gostar que a julgassem por causa de sua doença. E isso me faz pensar que a AMIZADE de Ofelia e Nayeli é mais significativa do que, talvez, a própria amizade de Ofelia e Jimena: porque é de verdade quando te faz crescer, não?

E, graças a Nayeli, Ofelia resolve olhar para o Feio de outra maneira… afinal de contas, ela diz que “sua doença tinha que servir para algo”, nem que fosse para ser melhor. Ela agradece Nayeli com um abraço, diz que “a ama” e, ao conhecer o Ulises melhor, ela passa a gostar dele de verdade – porque ele é uma boa pessoa! E ele é um GRANDE PARCEIRO ao seu lado nos momentos mais difíceis, quando ela tenta se matar, por exemplo, e diz que “vai morrer de todo modo”, mas ele diz que “todos vão morrer de todo modo”. Numa conversa belíssima dos dois, Ofelia pergunta se ele nunca pensou em se matar, e ele responde que “se não estivesse vivo, não poderia estar ali com ela, e aquele é o melhor momento de sua vida”. Então eles quase se beijam, mas antes ela pergunta se “ele não tem nojo”. É uma insegurança triste a dela, mas então o beija.

E esse é um ponto de felicidade que ela merece agora.

 

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