Doctor Who (5ª Temporada, 1967) – Arco 039: The Ice Warriors

Humanos vs máquinas.

MAIS UM ARCO NO GELO, PARA O DESESPERO DE JAMIE! Escrito por Brian Hayles e dirigido por Derek Martinus, “The Ice Warriors” é o terceiro arco (e o terceiro no gelo) da quinta temporada de “Doctor Who”, e foi exibido originalmente entre 11 de novembro e 16 de dezembro de 1967, em seis partes – apenas dois desses episódios estão perdidos, e foram lançados de forma animada pela BBC. Mais uma vez, tenho a inevitável sensação de que não eram necessários seis episódios para contar essa história, e o meu arco favorito na temporada segue sendo “The Tomb of the Cybermen”, em parte porque eu acho os Cybermen personagens fascinantes, mas também porque essa foi a única história da temporada a ser contada em quatro partes, o número ideal.

Como o título sugere, “The Ice Warriors” é a ESTREIA dos GUERREIROS DO GELO em “Doctor Who”. Os vilões, vindos de Marte e com uma voz sussurrada e um tanto macabra (acho curioso como a série tentava passar muito da sensação pensada para o episódio nas vozes de seus vilões, como foi com os Daleks e os Cybermen), reapareceriam mais vezes durante a Série Clássica, com o Segundo e o Terceiro Doctor, e também retornariam em New Who, em episódios escritos por Mark Gatiss, na época em que Steven Moffat era o showrunner… os vilões estão presentes em “Cold War”, um episódio da sétima temporada, em 2013, com o Décimo Primeiro Doctor e Clara Oswald, por exemplo, e em “Empress of Mars”, um episódio da décima temporada, em 2017, com o Décimo Segundo Doctor, Bill e Nardole.

Nessa história de 1967, a TARDIS se materializa em mais um lugar gelado quando a Terra está enfrentando a ameaça de uma segunda Era do Gelo – e escavações recentes resultam em uma descoberta fenomenal: uma criatura presa em um bloco de gelo. Como é de costume, a criatura é levada para dentro da base, ignorando qualquer risco que isso pode trazer, e é assim que vemos o primeiro Ice Warrior retornar à vida e começar a colocar seu plano em ação: Jamie é atacado e Victoria é levada como prisioneira, e é com Victoria que descobrimos algumas informações a mais sobre os Ice Warriors… descobrimos, por exemplo, que eles vêm do “Planeta Vermelho” e que eles ainda estão por decidir se o melhor para eles é retornar a Marte ou tomar a Terra.

Jamie é um companion que eu adoro… Victoria, por outro lado, ainda não conseguiu me cativar, mas ela acaba tendo mais ação que Jamie nessa história. Capturada por Varga, o primeiro dos Ice Warriors a retornar à vida depois de sabe-se lá quanto tempo congelado (!), e encontrando uma maneira de falar com o Segundo Doctor e com a base, parte da trama gira em torno de resgatar Victoria – e Jamie, que é levado para a base para cuidar de sua paralisia temporária depois de também ter sido vítima dos Ice Warriors, está mais preocupado em enviar ajuda ao Doctor e a Victoria do que com ele mesmo, o que é uma atitude muito bonita e que combina perfeitamente com Jamie… acho que Jamie tem uma bondade e um carisma que faz com que o amemos!

Em parte, a ideia central de “The Ice Warriors” gira em torno da dependência humana na tecnologia… Clent, o líder da base na qual o Doctor se encontra, parece confiar 100% nos conselhos dados por um computador, enquanto Penley, um forasteiro, acredita na capacidade humana de tomar decisões. E quando um plano para acabar com os Ice Warriors parece arriscado demais de acordo com o computador, os humanos precisam tomar a decisão por eles mesmos: assumir riscos faz parte da natureza humana, algo que uma máquina não pode entender, mas que foi essencial para o avanço da humanidade. E é assim que, no fim, os humanos conseguem se livrar da ameaça marciana… pelo menos temporariamente. Ainda os veremos novamente!

A TARDIS, por sua vez, parte…

Talvez rumo, finalmente, a um lugar mais quente?

 

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