Dune: Prophecy 1x03 – Sisterhood Above All
“The Agony… I survived”
Esse é, facilmente,
o meu episódio favorito dos três episódios de “Dune: Prophecy” lançados. “Sisterhood
Above All” é centrado nas irmãs Harkonnen, e além de acompanhar um pouco de
Valya e de Tula no presente da narrativa, também se volta ao passado, para um
momento anterior aos seus votos com a
Irmandade. É um episódio repleto de tensão
e que nos leva até Lankiveil, o planeta natal da Casa Harkonnen, em um momento
no qual uma jovem Valya discorda da família (!) em relação ao que deve ser
feito depois da morte de Griffin… tudo o que Valya Harkonnen quer é se vingar
de Vorian Atreides, o responsável por essa morte. Essa rivalidade entre os
Harkonnen e os Atreides que sempre foi um dos pilares da obra de Frank Herbert.
Valya sempre teve a sua própria maneira de
pensar, sempre divergiu dos demais… após a morte de Griffin, ela se junta ao
treinamento para a Irmandade, mas ela não consegue abrir mão de seu passado e
de seu sobrenome para colocar a Irmandade sobre todas as demais coisas – e suas
divergências com Dorotea são visíveis desde o início. Quando Valya é a única
que não consegue fazer os seus Votos, ela é buscada pela Madre Raquella em
pessoa, que a convida a ficar e que parece confiar nela… mas isso também faz
com que Valya se torne cada vez mais
vaidosa, cada vez mais certa de si mesma, e ela chega a dizer às amigas da
Irmandade que Raquella já a escolheu como sua sucessora, no dia em que mostra a
elas no que está trabalhando…
A Voz.
Mas ainda
que a Voz seja um poder incontestável e que eventualmente será muito útil para
as Bene Gesserit, naquele momento Valya Harkonnen não está pronta… quando
Raquella leva tanto Valya quanto Dorotea para passarem pela Agonia e acessar a
Outra Memória, Valya não consegue fazê-lo – então, a Madre Raquella lhe dá um
ultimato, a mandando ir embora para resolver as suas pendências e só retornar
quando ela estiver realmente pronta… na verdade, ela a envia com o veneno que
ela usaria para passar pela Agonia, e lhe diz claramente: “Retorne uma Reverenda Madre ou nem retorne”. Então, Valya
Harkonnen retorna para Lankiveil, para acertar o que precisa e para provar para
todo mundo o grande poder que ela
tem.
Enquanto
isso, Tula está infiltrada em um acampamento cheio de Atreides, há alguns meses
namorando com um homem chamado Orry Atreides – um homem que acaba de pedir sua
mão em casamento… Tula responde dizendo que eles estão juntos apenas há alguns
meses e que ele nem a conhece direito, mas ele não tem ideia do que ela quer dizer com isso… com o quanto isso é
verdade. Tula tem uma única noite com Orry (não dá para julgá-la, ele era
gostoso) antes de contar para ele que mentiu sobre o seu nome e que se chama
“Tula Harkonnen”. É impossível o romance entre um Harkonnen e um Atreides… e
Tula não está disposta a mudar isso. Na verdade, ela está ali para cumprir uma
missão: e acabar com todo o grupo de
Atreides.
E ela o faz.
As cenas são
fortes e muito bem produzidas, e Tula retorna para casa possivelmente mudada
depois do que acabara de fazer… e recebe o abraço de Valya, orgulhosa porque
ela acha que os Atreides precisam pagar pela morte do irmão delas. É sozinha,
de volta em Lankiveil, que Valya passa pela Agonia em uma GRANDE CENA, mas, ao
despertar, ela descobre que não está mais sozinha – que Tula está ao seu lado,
e que ela pretende ir com ela para a Irmandade. Nas palavras de Tula, ela já
perdeu Griffin, e ela não quer, agora, perder Valya também… a ideia de Tula é
que a vida na Irmandade seja um recomeço para elas… é difícil saber se todos
esses anos na Irmandade têm sido o que Tula esperava que eles fossem, mas,
tantos anos depois, é lá que ela está…
Em Wallach
IX, no presente de “Dune: Prophecy”,
a Irmã Tula está lidando com uma despedida que nunca quis – “Sisters, it’s time to say goodbye to Sister
Lila”. Toda uma despedida é feita a Lila, e Tula age como se ela estivesse
finalmente entendendo que é hora de deixar Lila partir, mas ela não vai abrir
mão de tentar salvar a sua vida… então, enquanto Valya vai visitar o tio
asqueroso porque “sacrifícios precisam ser feitos”, descobrimos Tula
encontrando uma alternativa para salvar a vida de Lila – uma alternativa que
certamente vai contra uma série de leis… Tula leva Lila em segredo para um
lugar escondido, com uma máquina (!), onde Lila talvez possa ser salva por especiaria. Bem, e a gente lembra da
profecia toda de alguém “nascido duas vezes, uma por sangue e outra por
especiaria”, né?
Curioso.
Para mais
postagens de “Dune: Prophecy”, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário