Dune: Prophecy 1x04 – Twice Born

“The only way to master the unknown is to make it known”

Sempre imponente, sempre político, sempre grandioso… “Dune: Prophecy” entrega outro grande episódio com a calma aparente convencional de “Duna”, ao mesmo tempo em que muita coisa está acontecendo discretamente e as peças seguem em movimento. Valya está tentando conseguir algum status e respeito para a Casa Harkonnen, porque tempos desesperados exigem medidas desesperadas; a Princesa Ynez, por sua vez, está pensando em denunciar Desmond Hart e, consequentemente, o próprio pai, pelo assassinato de Pruwet Richese; as acólitas da Irmandade são atormentadas por visões tão assustadoras quanto aquelas tidas pela Madre Raquella, há muito tempo; e Keiran Atreides segue com seus planos de rebelião contra o Imperium.

Valya procura a família que há muito deixou para trás com uma proposta curiosa: a de oferecer os serviços de uma Verdavidente à Casa Harkonnen. No fundo, talvez Harrow saiba que existem intenções ocultas em sua oferta, mas o desejo pelo poder e a possibilidade de algum avanço à envergonhada Casa Harkonnen é demais para se resistir… e o jogo de manipulação de Valya, a Madre Superiora da Irmandade, afeta inclusive a família da qual viera, tudo sempre atendendo aos seus próprios desejos – colocar o sobrinho no Alto Conselho trará poder e respeito aos Harkonnen e, consequentemente, a ela mesma. O que ela planeja, no entanto, pode estar em andamento pelas mãos de uma outra pessoa inesperada… a Princesa Ynez.

Ynez sabe que a morte de Pruwet e de Kasha foi causada por Desmond Hart, e ele não confia em nenhum tipo de “união” com o pai enquanto o Imperador estiver ao lado dele – “We’ll not be United as long as he stands at your side” –, até porque o plano de Desmond é acabar com a Irmandade de uma vez por todas… ele faz comentários sobre como é a Irmandade quem está espalhando rumores por todo o universo e como elas precisam, talvez, ser silenciadas. Sem nenhuma posição do pai, Ynez considera contar pessoalmente ao Alto Conselho sobre quem é Desmond Hart e o que ele fizera, e ela pede a ajuda de Constantine, porque precisa que alguém a apoie… Constantine, no entanto, não está disposto a lidar com as consequências de trair o pai publicamente.

Ainda assim, as coisas acontecem… Keiran é um dos líderes da rebelião – “Righteous, but not purê” –, e existe toda uma discussão sobre a especiaria controlada por uma parcela pequena da população, que esbanja dinheiro e riquezas, e não é nada distante da realidade em que vivemos agora… curiosamente, Keiran e Ynez estão se afastando e tentando encontrar o caminho certo a seguir, enquanto fazem paralelamente a mesma coisa. Enquanto Keiran planeja um ataque ao Alto Conselho, com a ajuda de máquinas pensantes (!), Ynez se adianta e faz uma denúncia dizendo que Desmond matou Pruwet Richese, e Desmond não esmorece com isso… ele diz que não foi um assassinato, mas uma execução por traição, devido à máquina pensante de Pruwet…

E, agora, ele faz o mesmo com os rebeldes e suas máquinas pensantes…

Uma campanha ditatorial ao Imperador Corrino.

Por fim, algumas das melhores cenas de “Twice Born”, na minha opinião, vêm da Irmandade e do pavor que está se espalhando através da visão que Emeline e as demais acólitas têm durante a noite… uma visão aterradora que envolve um poço, areia e os Shai-Hulud. Para tentar arrancar algum significado da experiência, Tula decide testar as acólitas em um estado de transe ao qual elas são levadas pela ingestão de especiaria, prometendo que, dessa vez, elas estarão no controle, e é assim que elas desenham e avançam de rascunho a rascunho até um par de olhos observadores que as assustam e as despertam… não é a voz de Tula que as traz de volta à consciência, mas o medo tão grande que sentem daquilo que faz com que elas acordem.

Aquilo que elas ainda não entendem.

“The reckoning is here”

Por fim, vemos Lila despertar, nascida duas vezes – uma de sangue, uma de especiaria.

 

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