Glee 2x05 – The Rocky Horror Glee Show

“Let’s do the Time Warp again!”

UM DOS MEUS EPISÓDIOS FAVORITOS NA TEMPORADA (E, QUIÇÁ, NA SÉRIE)! Exibido originalmente em 26 de outubro de 2010, como uma espécie de “Especial de Halloween”, The Rocky Horror Glee Show é o quinto episódio da segunda temporada de “Glee”, e é uma experiência FASCINANTE e repleta de músicas/performances, trazendo à tona um dos musicais mais icônicos e impactantes que eu já assisti na vida. “The Rocky Horror Show” fez sua estreia no West End em 1973 e ganhou muita popularidade graças à adaptação cinematográfica de 1975, se tornando um ícone cult e que fala perfeitamente com os “excluídos” – isso mais o fato de termos uma travesti como protagonista torna a obra particularmente especial para toda a comunidade LGBTQIA+.

Eu adoro como “Glee” brinca com o conceito, os temas e as cenas de “The Rocky Horror (Picture) Show”, e esse episódio certamente foi responsável por apresentar o musical a muita gente… assistir novamente ao episódio conhecendo o musical é ainda mais especial, porque pegamos todas as referências, bem como uma discussão surpreendentemente bonita a respeito da temática, que vai muito além da primeira impressão que muita gente tem: é, sim, um musical transgressor, que ultrapassou limites e chocou; mas essa não é a alma de “The Rocky Horror Show”… ele tem muito mais a ver com o discurso que o Mr. Schue faz ao final, quando ele decide que eles ainda vão fazer a montagem deles, mas eles a apresentarão apenas para eles mesmos… por eles.

É justamente o processo pelo qual o Will passa ao longo do episódio.

O episódio já abre com a boca de batom vermelho de Santana ao som de “Science Fiction/Double Feature”, que eu amo de todo o coração, e corta para uma apresentação de “Over at the Frankenstein Place”, com a Rachel como Janet e o Finn como Brad, quando eles são interrompidos pelo Carl, interpretando o Eddie, que invade o palco falando sobre como o Will está fazendo aquilo tudo para dar em cima da sua namorada… e, bem… é exatamente o que aconteceu mesmo. Uma semana antes, Will descobriu que Emma foi à famosa exibição à meia-noite de “The Rocky Horror Picture Show”, e esse é apenas um sinal de como o seu namoro com Carl está fazendo bem a ela! Ao perceber que está “perdendo” a Emma, Will usa “Rocky Horror” para tentar se aproximar dela…

Mas não pensa exatamente bem em todas as consequências… quer dizer, “The Rocky Horror Show” é um musical maravilhoso, mas não é exatamente o tipo de musical que vemos adolescentes montar na escola! E quais são os motivos pelos quais o Will está fazendo isso? Conforme o episódio avança, suas motivações vão ficando cada vez mais claras: ele só está fazendo isso para poder se aproximar da Emma, e eventualmente ele não pode mentir mais para si mesmo, como estava fazendo… quer dizer, sua expressão enquanto Carl arrasa em “Hot Patootie” ou a quente “Touch-a, Touch-a, Touch-a, Touch Me”, com a Emma, deixam tudo muito claro. Devo dizer, no entanto, que tudo vale a pena para podermos ver aquele corpo definido do Will…

Quando a Emma abre a sua camisa em “Touch-a, Touch-a, Touch-a, Touch Me”… UAU!

É DE TIRAR O FÔLEGO, SABE?!

O episódio é um prato cheio para corpos saborosos à mostra, por sinal… quer dizer, o peito definidíssimo, os pelos e aquelas entradas de Will Schuester são algo em que eu ainda penso com frequência. O Sam, por sua vez, fica com o papel do Rocky, que é realmente perfeito para ele, e isso nos dá a chance de vermos um tanto do Sam sem camisa durante o episódio, e não é algo que vamos reclamar. Quem não está muito confortável com o seu próprio corpo, no entanto, é o Finn (embora, convenhamos, ele não tem muito motivo para isso, né?), e isso se torna parte da discussão do episódio, e acaba rendendo uma cena divertida e absurda na qual o Finn tenta “se sentir confortável com o seu figurino da peça” e desfila pela escola usando tênis, meia, óculos… e uma cueca samba-canção.

Mais nada.

O papel de Frank-N-Furter também é uma trama importante do episódio… o Mr. Schue pensa em entregá-lo a Kurt, mas Kurt se recusa a fazer o papel de uma travesti na frente de toda a escola, porque ele já sofre homofobia o suficiente sem isso, e o Mike pega todo mundo de surpresa se voluntariando ao papel – mas ele precisa deixá-lo, eventualmente, porque os pais leem o roteiro da peça e não o aprovam. Então, Mercedes pede ao Mr. Schue a chance de interpretar o protagonista de “The Rocky Horror Picture Show”, porque ela sempre quis um papel protagonista assim… e preciso dizer que Mercedes ARRASA DEMAIS em “Sweet Transvestite”, uma das minhas músicas favoritas do musical! E eu amo como toda a cena é feita!!!

Mesmo que os jovens tenham algumas histórias no episódio, e que arrasem em números como “Sweet Transvestite”, “Dammit Janet” ou mesmo “Touch-a, Touch-a, Touch-a, Touch Me” (a parte de Santana e Brittany é excelente, e uma bela referência ao filme!), a história do episódio é mesmo de Will… e a sua tamanha imaturidade. Afinal de contas, ele está fazendo “The Rocky Horror Show” pelos motivos errados, e ainda não está sendo legal com o acordo que fizera com Carl e muito menos com Emma, porque ela está claramente melhorando ao lado de Carl, como ele não pode querer isso para ela se ele realmente a ama? Quando é confrontado sobre tudo o que ele está arriscando com a montagem desse musical e se ele tem certeza de que seus motivos valem a pena, Will recua…

Para o desespero de Sue, que estava pronta para acabar com ele.

Como já disse, eu acho muito bonito o discurso que Will faz ao glee club quando anuncia que eles não farão mais a peça – pelo menos não para uma audiência. Ele fala sobre como, quando ele era jovem e assistia às exibições à meia-noite de “The Rocky Horror Show”, ele se sentia parte de algo… como se finalmente houvesse um lugar ao qual ele pertencesse. É essa a mensagem e o espírito da história no fim das contas e, como o Mr. Schue diz, isso torna “The Rocky Horror Show” o musical perfeito para aquele grupo. Por isso, eles seguem com o musical, mas por e para eles mesmos, e é muito gostoso vê-los performar “Time Warp” no fim do episódio, já que esse é, provavelmente, o número mais famoso de “The Rocky Horror Show”. Mesmo com falhas do Mr. Schue, significou muito…

E eu AMO esse episódio!

 

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