Glee 2x06 – Never Been Kissed
“You make
me feel like I’m living a teenage dream”
DARREN CRISS
como BLAINE ANDERSON! Pode parecer exagero, mas assistir ao Blaine cantando “Teenage Dream” pela primeira vez em
2010, quando eu tinha 17 anos de idade, meio que me mudou para sempre… QUE EPISÓDIO ESPETACULAR! Exibido
originalmente em 09 de novembro de 2010, “Never
Been Kissed” é o sexto episódio da segunda temporada de “Glee” e é um momento importantíssimo
para muitos dos fãs da série… enquanto os meninos do New Directions estão
agindo como idiotas e sendo cruéis com a Beiste, mesmo que talvez não fosse a
intenção deles inicialmente, Kurt Hummel protagoniza algumas das suas cenas
mais desesperadoras na série enquanto o bullying
que ele sofre aumenta – e finalmente surge alguma
esperança.
Acho que
toda a trama que não é de Kurt não é
o forte do episódio – e é por isso que eu não o coloco dentre os meus
favoritos, embora adore toda a introdução de Blaine Anderson. Mas a história do
retorno do Puck e ele tentando transformar o Artie em seu “projeto social”, por
exemplo, não é algo realmente incrível.
Quer dizer, ganhamos a ótima performance de “One Love/People Get Ready”, mas nada muito além disso, a meu ver…
a não ser, talvez, por duas cenas surpreendentes de Puck: primeiro quando ele
explode na sala do diretor sobre como ninguém naquela escola nunca se importou
com ele; depois, quando ele confessa a Artie que não gostava da instituição na
qual ele estava, e que ele encontrou gente muito mais “barra pesada” que ele.
Na verdade,
Puck está pedindo ajuda.
Outros
números musicais do episódio partem da premissa de “meninas contra meninos”,
que o Mr. Schuester acredita que é “uma grande ideia”, e que o Kurt é o único
que tem coragem de lhe dizer que é algo batido e sem graça e que não os desafia
de verdade… pelo menos a sinceridade de Kurt faz com que o Will reformule o desafio, pedindo que os
alunos façam o oposto do que
comumente fariam. Rachel estava hilária ficando
em silêncio durante a reunião, porque esse é “o oposto do que ela faria”, e
o grito tão sincero de “Spies!”
quando o Puck e o Artie entram na sala sempre me arranca uma risada. E, mesmo
sem Vitamina D dessa vez, as meninas ARRASAM em “Start Me Up/Livin’ on a Prayer”, que é uma performance que eu amo
muito!
A
performance dos meninos vem para concluir toda a trama de “eles estarem
imaginando a treinadora Beiste para se controlar enquanto estão dando uns
amassos com suas namoradas”. Não é uma trama da qual eu goste, mas eu acho que
é uma representação fiel da adolescência. Ainda assim, sempre me dói ver a
reação de Beiste quando ela pergunta ao Will o que está acontecendo, e aquela
sua conversa com Will no vestiário é poderosíssima: ela falando sobre como tem
40 anos e nunca foi beijada, porque ela sempre foi vista como os garotos a veem
agora, e ela só gostaria que as pessoas se lembrassem que ela também é uma
mulher… ela pede demissão, mas a conversa com Will e o pedido de desculpas dos
meninos com “Stop! In the Name of Love/Free Your Mind” a fazem ficar.
A força do
episódio, para mim, está na apresentação de Blaine Anderson, quando novas
portas parecem se abrir para Kurt Hummel… as coisas estão cada vez mais
difíceis para Kurt no McKingley High: ele é o único garoto assumidamente gay da
escola; ele sofre bullying
diariamente do Karofsky, e é cada vez mais violento; ele é podado da vontade de
se expressar plenamente mesmo no glee
club; e nada o desafia, como ele diz ao Mr. Schue. Quando Kurt está tentando
dizer como deve ser a apresentação dos meninos para a tarefa do glee club naquela semana, ele é mandado
para “se infiltrar” na Dalton Academy e conhecer os Warblers, que serão sua
competição nas Seletivas que estão se aproximando… e tudo é muito diferente do que o Kurt esperava.
Na Dalton
Academy, uma escola só para garotos, Kurt conhece Blaine, um garoto que o
segura pela mão e o leva por um atalho até a apresentação dos Warblers, porque
“ocasionalmente os Warblers improvisam algo e a escola toda para para escutar”
– e o Kurt se apaixona perdidamente já durante “Teenage Dream”, mas é impossível não se apaixonar, porque: 1) o
Blaine é lindo, talentoso e parece estar cantando diretamente para ele; 2) a
música pode ser bem sugestiva; e 3) há algo na ideia a capella que torna tudo ainda mais provocante, mas de uma maneira
quase velada, difícil de explicar, mas absurdamente charmosa. Kurt conhece um
cara bonito, que o trata bem, em uma escola que respeita e admira o glee club, e onde os gays não sofrem bullying diariamente.
É o paraíso
para ele, não?
As primeiras
interações de Kurt e Blaine têm algo de utópicas
que eu imagino que tenham sido propositais – é quase como se víssemos tudo do
ponto de vista de Kurt, um narrador não-confiável que está encantado. Mas é bonito ver o Blaine falando tão abertamente sobre
ser gay ou incentivando o Kurt a se impor, se não existe agora a possibilidade
de sair do McKingley High… ele não pode deixar que isso continue para sempre,
porque só vai piorar. Parece muito rápido, mas há algo que conecta Kurt e
Blaine de uma maneira bonita, e confiamos nessa relação, nessa amizade que
nasce depressa e que faz tão bem ao Kurt. É bom vê-lo sorrir enquanto pensa em
Blaine ou enquanto olha para uma mensagem simples que o Blaine lhe enviara…
E que o
incentiva a enfrentar o Karofsky.
Aqui, temos uma das cenas mais surpreendentes e fortes do episódio, quando Kurt
segue Karofsky até o vestiário, o enfrenta como nunca fizera antes e o desafia
a dar-lhe um soco, dizendo que isso não o tornará menos gay ou ele menos
idiota, mas o Karofsky o beija ao invés de bater nele… o típico garoto gay
enrustido que usa da violência para atacar aqueles que não tiveram medo e se
esconderam, como ele fez. É muito triste que o primeiro beijo de Kurt com um garoto tenha sido aquele, com o
idiota do Karofsky. Mas algo importante é iniciado nesse episódio, e eu gosto
de ver o Blaine na escola, ajudando a enfrentar o Karofsky e, depois, ouvindo o
Kurt, estando ali por ele, e o convidando para ir almoçar… eu amo esses dois!
Para mais
postagens da minha revisita a “Glee”,
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Aiiii eu vivo pelo plot do Blaine e do Kurt, parece que tudo que ele sofreu até então está se esvaindo e vem uma luz no fim do túnel (não que ele precise de alguém para lhe dar esperança, muito pelo contrário, mas porque vemos como o Kurt cresceu até aqui!!!)
ResponderExcluirPs.: tô amando rever e reler suas críticas (e também me lembra o quanto somos parecidos), pode apressar senhorzinho pq já estou passando voce!!
HAHAHAHAHAHA Todo domingo uma postagem nova (segunda temporada já tá toda revista e já escrevi tudo, mas entra um por semana para eu ter tempo de me organizar para a terceira haha)
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