Kidnap – Ep. 12: Not Anymore

Epílogo.

Quando eu assisti ao 11º episódio de “Kidnap”, eu achei que não era preciso mais um episódio, porque não havia mais o que contar; assistindo ao 12º, eu tive certeza. Infelizmente, mesmo com uma premissa promissora e com alguns acertos, “Kidnap” é uma série que não consegue entregar muita coisa… absurdamente básica, o roteiro descarta qualquer possibilidade de novidade, se perde no pouco que tenta fazer diferente – e eventualmente abandona – e se torna apenas um clichê da GMM, mas é mais incômodo de se assistir do que o normal porque ela não se propunha, inicialmente, a isso… foi vendido algo que não foi entregue e, mesmo para o básico, o roteiro deixa demais a desejar (e definitivamente não precisava de 12 episódios).

“Not Anymore”, o último episódio de “Kidnap”, é uma espécie de epílogo longo demais… talvez eu tivesse gostado mais se eu não estivesse há semanas ansiando pela finalização da série, mas eu só não via a hora de terminar. Basicamente tudo que está nesse último episódio poderia ter sido reduzido a um diálogo e uma ou outra cena curta, e os 45 minutos se arrastam com a sensação de que não há muito a ser contado, mas há minutos a serem preenchidos. Vemos o Mhen passar por um transplante de coração e poder ter uma vida normal; vemos o seu romance com Jeen, em mais cenas do que estritamente necessário para a história que estão contando; e vemos o Q decidir buscar ajuda para lidar com os traumas que ele carrega há tanto tempo.

Q de fato precisava de terapia, e em parte eu fico feliz por isso ser trazido à tona e ser brevemente trabalhado na série… ainda assim, eu sinto que o tratamento dado à trama na série é bastante superficial, quiçá até artificial – o que condiz com o tom que “Kidnap” tem como um todo, é verdade. O episódio explora mais do trauma de Q, mas sem nenhuma grande novidade, nada que já não soubéssemos e/ou conhecêssemos. Vemos Q ter problemas com alguns elementos de uma gravação para a qual ele e Min são convidados por James, e vemos Min o ajudar a lidar com o barulho de fogos de artifício que outrora o incomodavam porque se assemelha ao barulho de tiros… e são meses de terapia até que os efeitos comecem a aparecer discretamente.

Mas Min e Q estão construindo a sua vida e o seu lar, o que começaram a fazer desde o momento em que se conheceram… e, agora, como um presente do pai de Q de recompensa por tudo o que ele passou, eles têm de volta a casa na qual eles passaram os seus primeiros momentos quando Q foi “sequestrado” por Min – aquela casa cheia de memórias e que custou tanto a Min vender… preciso dizer que, apesar de ser supostamente fofo, a fala de “Min não poder terminar com Q porque agora ele tem a casa de refém” me incomodou um pouco. Mas elogio o que precisa ser elogiado, e acho que Min e Q entregaram boas cenas íntimas… ainda que nada além do normal que se espera da GMM, foram cenas bonitas, românticas, boas de se assistir.

Nada tão bom quanto “4 Minutes”, é claro, mas isso eu nunca esperaria da GMM.

De volta à cidade, da qual talvez nunca tenha de fato querido sair, Min está em busca de um trabalho, e é assim que ele aceita uma proposta de James para um projeto de baixo orçamento, mas que rende bons momentos de Min e Q podendo conversar, podendo saber mais a respeito um do outro, e podendo bancar os jovens de uniforme escolar – o que, por algum motivo, eu acho cômico. De todo modo, eu diria que essa sequência toda com James é apenas uma provocação para o que vem a seguir, que é a chance de Min fazer uma audição e ganhar um papel importante em um filme grande que pode o lançar de fato à fama… e ele merecia essa chance. É bonito vê-lo com o namorado, com o irmão e com os amigos na estreia do filme no qual ele trabalhou… e ficamos felizes em saber que Min e Q terão uma vida feliz juntos.

 

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