Margarita (2024) – Karaokê

“Bienvenidos al Karaoke Soho”

Ver Daisy e Merlín se beijando no parque fez com que Margarita relembrasse a dolorosa primeira vez em que ela se apaixonou… e, também, a primeira vez que teve o seu coração partido. Margarita está lidando com o seu próprio sofrimento, sabendo que às vezes nem mesmo um videoclipe triste é o suficiente para dar vazão a todas as lágrimas que estão dentro de si, e enquanto isso Delfina está propondo uma interessante noite de karaokê no Hangar Soho, e eu gosto de como as músicas interpretadas e as formações geradas sobre o palco têm tudo a ver com as tramas que “Margarita” está contando: a rivalidade de Merlín e Rey, por exemplo; a amizade de Margarita e Daisy; até mesmo o romance que está nascendo entre a Delfina e o Salo!

O capítulo nos leva de volta a outro momento da infância de Margarita, quando ela foi morar na Índia com Pierre e, no meio de toda a tristeza por ela sempre sentir falta das pessoas que deixa para trás no último lugar em que viveu, ela conhece um rapaz indiano bonito por quem ela se apaixona perdidamente… os dois se tornam grandes amigos, ele a apresenta ao karaokê, que é uma das suas maiores paixões até hoje, e eles se divertem juntos – mas é algo puramente platônico de Margarita, porque ele é um rapaz mais velho que eventualmente ela vê com outra garota… ver Merlín com Daisy, agora, fez com que toda aquela dor retornasse para ela, e, aparentemente, ela nunca foi muito boa em lidar com isso. Margarita tende a chorar e, depois, se esconder.

Abraçada ao seu cardo de sempre, Margarita se escondera dentro de um armário, quando era criança… agora, ela se esconde em uma toquinha no sótão da Mansão Fritzenwalden. Das duas vezes, quem a resgata dessa tristeza são seus amigos… eu acho a amizade de Margarita e de Pipe UMA DAS COISAS MAIS LINDAS DESSA NOVELA. Pipe é extremamente fofo, presente e respeitoso… ele diz a ela que já sabe o que aconteceu, então ela não precisa contar nada, e eles nem precisam conversar, se ela não quiser, mas ele quer que ela saiba que ele está ali, se ela precisar. Parece que sempre foi assim entre eles: o Pipe nunca precisou de palavras para a entender. Muito bonita a cena em que ele estende a mão e ela a aceita, e então os dois se abraçam.

Merlín, por sua vez, tem sido um tremendo de um idiota, se você me perguntar. Mesmo que Margarita tenha saído rapidamente ao ver o beijo dele e de Daisy, Merlín a viu ali no parque, e agora ele quer falar com ela, quer “explicar”, mas a verdade é que não existe mais nada a ser “explicado”: ele já disse para ela o que pretende fazer, se casando com Daisy para “devolver” a ela o trono de Krikoragán, não disse? Agora, ele precisa assumir os seus B.O.! Se ele vai mesmo seguir adiante com essa mentira e namorar e, quiçá, se casar com Daisy, é hora de deixar Margarita em paz, não é? Deixar que ela siga sua vida… dar a ela tempo e espaço. Essa insistência é que é totalmente sem sentido, e ele não parece descansar enquanto não conseguir conversar com Margarita.

Já com Daisy é outra história… gosto de como chega a ela a informação de que Merlín está apaixonado por Margarita, mas ela lhe deu um fora por causa de Daisy. Sabendo disso, Daisy vai falar com Margarita e diz que tem duas coisas a dizer: a primeira é que ela está muito brava, porque não gosta que mintam para ela e Margarita não foi sincera quando ela lhe perguntou sobre seus sentimentos; a segunda, no entanto, é um abraço e um agradecimento, porque a sua atitude mostra o quanto ela se importa. E eu fico muitíssimo feliz por as duas terem encontrado uma maneira de resolver isso sendo sinceras uma com a outra. A conversa é bonita, quando Margarita diz que essa comédia romântica é de Daisy, e ela é só uma figurante a quem ela deu uma oportunidade…

Ela confiou nela desde o primeiro dia, enquanto todo mundo a tratava como lixo.

Por fim, eu preciso comentar a respeito do KARAOKÊ proposto por Delfina no Hangar Soho, e como isso rende momentos maravilhosos… a começar por Delfina e Salo cantando juntos, porque é uma delícia ver o Salo cantando e dançando. Eu já disse uma vez, mas eu repito: eu estou caidinho pelo Salo, e possivelmente tudo o que ele fizer eu vou achar um máximo. Assisti a ele cantando e dançando sorrindo feito um bobo, e meu pensamento era basicamente: “Que homem!”. Depois dos dois, Ada quer subir e cantar no karaokê (dei boas risadas com ela empolgadíssima daquele jeito!), mas Delfina quer entregar o palco aos jovens, primeiro… então, Sasha faz uma apresentação toda animada que tem tudo a ver com ele, e depois o Rey e o Merlín, bem agressivos…

Um verdadeiro desafio.

Depois, Margarita e Daisy sobem para cantar juntas, e ganhamos uma apresentação LINDA de “Con Un Poquito de Amor”. Como eu disse, eu gosto da amizade das duas, e achei muito lindo o sorriso de Delfina ao vê-las juntas no palco, como se ela estivesse feliz e emocionada… e é sincero! Aos poucos, mais e mais pessoas vão se juntando à apresentação… a Mei e o Zeki primeiro; depois, a Ada, a Yamila e até mesmo a Delfina! Eu AMO ver a Delfina cantando e sorrindo daquele jeito no meio dos demais, porque são momentos de genuína felicidade, em que ela se entrega sem se preocupar com máscara alguma! No fim, Delfina acaba abraçando tanto a Margarita quanto a Daisy e, de alguma maneira, eu acho que aquele gesto é bastante simbólico!

Mesmo depois da “noite do karaokê” no Hangar Soho, Margarita e os demais ainda querem continuar cantando e se divertindo quando voltam para o quarto. Naquele momento, eles convidam Única a se juntar a eles, mas ela diz que não vai participar, porque ela é solista – “única em tudo”. Mesmo que se recuse a fazer parte daquele momento despretensioso de diversão que Margarita está compartilhando com Daisy, com Zeki e com Mei, Única fica do lado de fora da porta, escutando enquanto eles cantam, e ela chora e, em algum momento, ela até sorri. Na verdade, existe muito mais na história de Única do que vimos inicialmente, e agora começamos a entender mais de por que ela é tão fechada, tão dura e tão fria. Tem um trauma bem pesado ali, hein?

Vamos aguardar para saber mais!

 

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