Margarita (2024) – Mudança Climática

Delfina tenta contar a verdade!

Sério, COMO NÃO AMAR A DELFINA?! Ainda estamos razoavelmente perto do início de “Margarita”, o que quer dizer que tem muita coisa a acontecer pela frente, mas eu gosto da sensação que a novela passa de que sempre tem alguma coisa acontecendo… e que capítulo espetacular foi “Mudança Climática”! Quer dizer, foi meio que uma quebra de expectativa também, porque, com esse título e com a tempestade que se arma nos primeiros minutos, eu imaginei um monte de coisas que acabaram não se concretizando… achei que teríamos muito mais da noite sem luz no Hangar Soho durante a tempestade, por exemplo, e até me perguntei se o avião em que Merlín estava rumo a Krikoragán podia sofrer um acidente, mas nada disso acontece.

A mudança climática é muito mais metafórica que literal.

Uma das minhas cenas favoritas desse capítulo vem quando Margarita sente algo ao ouvir uma história que Daisy está contando… os jovens bolsistas estão reunidos tomando café-da-manhã no Hangar Soho quando uma conversa casual chega ao assunto da casa na qual ela mora, e ela fala sobre ser uma casa que pertencia à Família Fritzenwalden. Daisy conta brevemente o que lhe contaram da história de sua mãe – como Florencia era amiga das pessoas que moravam ali e como o seu pai, o Conde Máximo, ficou responsável por eles depois da morte de Federico, por exemplo –, e isso faz com que Margarita tenha uma sensação estranha… algo que ela define a Pipe como “saudade”, em português mesmo, porque Margarita tem essa coisa com idiomas.

Merlín, depois de ser “capturado” pelas forças de Krikoragán, é levado de volta e trancado no seu quarto no palácio real, de onde é terminantemente proibido de sair. Ele até tenta pular a janela e escapar, mas ele é pego de volta, sua janela ganha grades, e os dias se passam sem que ele apareça no Hangar Soho e tampouco dê explicações ou responda às mensagens… Ada acha que o seu sumiço “foi para melhor”, porque ela não confiava muito nele e não quer que ele machuque “nenhuma das suas Margaritas”. Eventualmente, Merlín consegue fazer um único telefonema e liga para Margarita, que atende com um “Principecito sin vergüenza” HILÁRIO, e ela não escuta nada do que ele tem a dizer, porque está ocupada demais dando uma bronca.

Eu amo a Margarita!

O desafio proposto por Delfina também tem relação com o tema de “mudança climática”, e o grupo de Margarita começa a ensaiar ao som de “Flikiti”, que começa a aparecer na novela agora, e enquanto o grupo está reunido, cantando, dançando e se divertindo, Margarita tenta convidar Única a se juntar a eles mais uma vez, mas, como sempre, ela diz friamente que não quer… quando ela está sozinha, no entanto, ela assiste aos ensaios de Margarita e dos demais pela internet e ela sorri, como se quisesse fazer parte daquilo. AGORA, finalmente, estamos conhecendo mais de Única e eu enfim posso entender mais da personagem… e eu adoro vê-la ganhando camadas, e entender que a sua recusa é quase como se ela não achasse que merece ter amigos e se divertir.

Quando acompanhamos a última terapia de Única, antes de a psicóloga dar seu parecer ao juiz sobre o atropelamento de Camila, muita coisa se esclarece… e é a primeira vez que eu sinto de verdade por Única e começo a torcer por ela – embora, é claro, sua atitude precise de melhoras. Antes de ver o que a psicóloga escreveu, Única diz que sabe que ela vai colocar o que todo mundo acredita, mas por mais que todos acreditem que ela atropelou a irmã porque quis, ela não a odeia tanto assim para querer matá-la, ela não a viu… e pelo que vemos no flashback do momento do atropelamento, ela de fato não viu a Camila ali, porque a Camila estava abaixada. A cena é fortíssima… mas esse trauma do atropelamento não é o único pelo qual ela passou.

Por isso agora começamos a ver melhor Única, a entender melhor.

A psicóloga explica que colocou em sua perícia que não acha que houve intenção, e ela nunca duvidou de sua palavra, mas ela esperava que Única usasse esse espaço para falar do ódio que ela sente e que não é especificamente de Camila – mas porque sente que ela veio para “substituir” alguém que não tinha substituição. Então, novas portas de compreensão se abrem. Única tinha uma irmã gêmea que morreu (ela não era única, no fim das contas) e quando os pais adotaram Camila para ser sua irmã, ela sentiu como se eles estivessem “a substituindo como se substitui um eletrodoméstico quebrado”. Esse fator MUDA TUDO QUE PENSAMOS ATÉ AGORA SOBRE ÚNICA. Naquela noite, Única aceita o convite de Margarita para se juntar a eles…

Que bom que Margarita não desiste fácil.

Outra trama que ganha algum destaque nesse capítulo é a de Mei… Romeo quer saber onde ela está e o que ela está fazendo, porque ela vive desaparecendo, às vezes por horas, e ele pede que Otto o ajude a rastreá-la. Embora Otto diga que rastrear alguém é ilegal, ele acaba fazendo isso ele mesmo, e é assim que ele a encontra no hospital, fazendo hemodiálise. Aqui temos outra história dramática em mãos! Otto pede desculpas por invadir sua privacidade desse modo, mas Mei acaba confiando a ele sua história, só pede que ele não conte a ninguém no Hangar Soho… muita coisa lhe foi negada, como a chance de sair em turnê com as meninas da dança, mas os seus sonhos seguem sendo os mesmos e ela não pretende abrir mão deles, “mesmo que o corpo não a acompanhe”.

Acho que teremos coisas grandes pela frente aqui!

Por fim, eu preciso falar sobre Delfina… e sobre como ela e Salo são o meu casal favorito em “Margarita” – não só porque eu acho o Salo lindo e adorável, mas porque as interações entre eles sempre rendem excelentes momentos! Na noite da tempestade, por exemplo, ele a acompanha até em casa, mas diz que “salto alto não combina com chuva”, então ela vai descalço… quando eles chegam à casa de Delfina, Salo olha para ela com os pés sujos de lama e o cabelo molhado e desgrenhado, e eu acho que ele nunca gostou tanto dela quanto naquele momento. Ele a fotografa para mandar depois para ela e dizer que aquela é a Delfina que ele vê e de quem ele gosta… o mais lindo é que Delfina está completamente rendida por Salo também.

E não se importa de demonstrar isso!

Delfina, no entanto, está lidando com aquelas chantagens que vem recebendo e que ela não sabe de onde vêm… e as criptomoedas que ela tinha chegado a transferir são devolvidas, com o chantagista dizendo que queria ter certeza de que estava na pista correta, e agora tem – do contrário, Delfina não teria pagado. Agora, a casa inteligente de Delfina é hackeada e ela tem que lidar com um termostato inquieto que fica mudando de temperatura a todo momento, e essa é uma demonstração do poder que quem quer que esteja por trás disso tem sobre Delfina. Dia após dia atormentada por esse hacker, Delfina está exausta, tendo que dormir no sofá da sala, e é nessa condição que ela está quando Salo anuncia que ela está sendo considerada para o prêmio que ela tanto quer…

E ele pretende ajudá-la a consegui-lo.

O problema, é claro, é justamente que Delfina está exausta – e tamanha exaustão faz com que ela pareça bêbada quando chega o momento da entrevista. Posso dizer? EU DEI BOAS RISADAS! Delfina é EXCELENTE na comédia. Ela arrasa colocando Severino em seu lugar e elogiando o Salo pelo homem que ele é (ele é!), e então ela dá a entrevista à sua maneira, motivada pelo sonho, pelo cansaço e pela culpa… então, ela começa a falar sobre ser uma impostora e sobre como é hora de “acabar com os segredos”. Ela está disposta a contar tudo durante uma live, mas anos de treinamento em novelas me dão a certeza de que Severino e Yamila encontraram uma maneira de interromper a transmissão antes que toda a verdade realmente venha à tona…

Até porque parece meio cedo para que tudo isso se resolva. De todo modo, podemos ver Delfina falando a verdade e acreditando que ela está chegando a todos. Ela diz que Daisy não é a Princesa de Krikoragán, e que essa é apenas uma mentira que ela inventou para poder ficar com a herança e, consequentemente, ter a vida que tem; agora, no entanto, a verdadeira Margarita, Princesa de Krikoragán, apareceu, e ela pede perdão, sabendo que Margarita tem todo o direito de não perdoá-la, se não quiser… mesmo com a intenção sincera de Delfina de contar a verdade (embora talvez não da melhor maneira possível), eu imagino que ninguém tenha ouvido tudo o que ela tinha a dizer – ainda assim, o pouco que Ada ouviu vai deixá-la pensativa.

Não vai demorar para a Ada descobrir a verdade, hein?

 

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