Margarita (2024) – O Semáforo

Sinal vermelho.

Pode até ser que não gostemos de sinais vermelhos nesses semáforos da vida… isso não quer dizer, no entanto, que eles não sejam necessários às vezes. “O Semáforo” é o décimo capítulo de “Margarita”, encerrando a segunda leva de capítulos da novela, e traz alguns backgrounds importantes e interessantes de se assistir… se outros capítulos ao longo da segunda semana nos trouxeram mais sobre Única e sobre Mei, por exemplo, esse capítulos nos permite lançar um novo olhar sobre o personagem de Rey, além de trazer uma cena linda para Romeo e Otto, que já estão se concretizando como a minha amizade favorita de “Margarita”. Um episódio com romance, com provocação, com segredos e com uma sequência musical de TIRAR O FÔLEGO.

Delfina tentou contar para todo mundo a verdade sobre ela ser uma impostora, mas foi impedida a tempo por uma transmissão cortada e, agora, o Severino está cuidando da “contenção de danos” – que começa colocando a Delfina para dormir e a deixando dormir por três dias ininterruptamente. A paranoia sempre crescente de Delfina agora a faz acreditar que tudo é culpa de Franco e Tomás Fritzenwalden, porque “eles nunca a perdoaram por afastá-los de Daisy” (!), e o seu comportamento na live, ainda que não inteiramente revelador, levanta suspeitas… especialmente de olhares atentos como o de Ada, que agora quer saber quem é a impostora sobre a qual ela estava falando. E se Ada entrar mesmo em contato com o hacker por trás das ameaças…

“Alguém está em problemas”

Rey, por sua vez, segue sendo o mesmo insuportável de sempre no Hangar Soho, provocando todo mundo, e talvez ele pareça um tanto entediado sem ter o Merlín por perto, mas o capítulo nos convida a conhecer um pouquinho mais do personagem… um pouquinho além do Rey, para chegarmos no Juan – seu nome verdadeiro. A mãe de Rey/Juan aparece no Hangar Soho para dizer que ele não pode “deixar sua família nesse momento”, e então Rey vai visitar o pai na cadeia… no momento em que seus olhos se enchem de lágrimas abraçando o pai, percebemos que existe mais camadas no personagem, e eu me peguei imediatamente curioso para entendê-lo melhor, porque está incrivelmente mais fascinante acompanhar a Única agora que sabemos mais dela, por exemplo.

O pai de Rey/Juan está preso, e ele não parece muito feliz com o filho naquele “concurso” do Hangar Soho, porque ele vê isso tudo como excessivamente abstrato, e a família dele “precisa dele”. Rey, no entanto, fala sobre como estar no Hangar Soho é justamente para conseguir dar um futuro melhor aos seus irmãos. O pai de Juan tem um “trabalho” que quer que ele faça por ele, e quando Juan responde que não vai fazer o seu trabalho sujo, o pai o segura pela camisa violentamente, e diz agressivamente que ele vai fazer o que ele manda. Fico bem orgulhoso do Rey por ele ter conseguido ir contra o pai no fim das contas, porque ele não fez o que quer que o pai queria que ele fizesse, e quando o pai diz que “os seus irmãos vão passar fome por sua causa”, Rey diz que não…

Ele está cuidando disso.

Falando em pessoas difíceis com histórias pessoais igualmente difíceis, Única tem uma cena muito bonita com Margarita – e uma cena na qual ela é a velha Única de sempre, porque as pessoas não mudam da água para o vinho de uma hora para outra. As duas compartilham uma conversa que parece sincera, porque em parte Única está começando a se abrir para entender que ela não está sozinha, e as duas até trocam um aperto de mão… que não sela nada. Depois de Margarita vencer a próxima competição do Hangar Soho, Única se aproxima dela apenas pelo prazer de pegar o seu troféu e quebrá-lo (!), e então Margarita decide que já não é mais hora de ficar gastando esforços com Única… é exaustivo demais lidar com alguém tão pesado quanto ela!

Mas falando em coisa boa… que BELÍSSIMA cena de Otto e Romeo, não? Depois de pequenos desentendimentos, bem pequenos mesmo, Romeo se aproxima para dizer que a amizade é muito mais importante para ele do que o amor. O diálogo dos dois traz o Otto dizendo que o Romeo é o seu melhor amigo naquele lugar, e Romeo responde dizendo que o Otto é o seu melhor amigo em qualquer lugar, porque ele e a irmã são as únicas pessoas que não o julgam, que o aceitam como ele é e que estão dispostos a ensinar muitas coisas para ele… eu estava achando tudo profundamente emocionante, mas não estava preparado para o Romeo soltando um “Se quiser, você pode me abraçar, Otto”, porque aquilo significa TANTO para o Romeo!

Só a irmã dele e agora o Otto podem fazer isso. TÃO LINDO, TÃO BEM TRABALHADO!

O capítulo também traz uma pseudo-audição de Pipe quando ele dança “Bonita de Más” (regravação de “Rebelde Way”, e eu AMO essa música! Perdi as contas de quantas vezes a escutei na versão de “Margarita” nas últimas semanas) na frente de Delfina e ela fica encantada e dá a entender que pode eventualmente haver um espaço para ele no Hangar Soho (!), e os jovens se apresentando no desafio proposto por Delfina ainda no capítulo anterior, com o tema de MUDANÇA CLIMÁTICA. São várias excelentes apresentações que se sucedem com os jovens mostrando diferentes talentos – através das artes plásticas, da dança, da música… de quebra, ainda temos regravações de alguns sucessos de outras produções da Cris Morena!

Uma sequência EXCELENTE, mas vou comentá-la à parte!

 

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