Sítio do Picapau Amarelo (2007) – O Anjinho da Asa Quebrada: Parte 6
“Vocês não salvaram meu amigo Romãozinho!”
A turminha
do Sítio do Picapau Amarelo cometeu um erro de principiante: pediram a ajuda da Cuca e do Tutu Marambá, e
não anteviram uma traição. Eles precisavam da ajuda dos monstros para se
livrar do efeito das flechadas do Cupido, e em troca precisavam capturar o
Romãozinho para as assombrações… quando eles chegam à caverna para entregar a
garrafa, cumprindo sua parte do acordo, no entanto, eles descobrem que os
monstros capturaram o Anjinho! Agora, eles precisam encontrar uma maneira de
salvar o Aleluia das garras dos vilões – e talvez eles dependam de uma invenção
do Visconde de Sabugosa. Uma invenção que acaba não funcionando tão bem quanto
eles esperavam, e quem é trazido para o laboratório é o Urucaca, e não o
Aleluia.
Visconde e
os demais esperam que talvez eles possam trocar o urubu de estimação da jacaroa
pelo anjinho que não está mais com a asa quebrada, mas Cuca manda um bruxograma
bem despreocupada com o Urucaca, e diz que “eles podem ficar com ele para
sempre” – segundo ela, por que é que ela trocaria um anjo por um urubu
fedorento? Então, a turminha percebe que eles terão que ir à caverna eles
mesmos de novo… e, dessa vez, o Visconde vai se fantasiar de assombração!
Fantasiado, o Visconde está responsável por afastar Cuca e Tutu Marambá da
caverna, enquanto os outros entram para salvar o Aleluia, e eles conseguem –
mas nem por um segundo pensam também em salvar o Romãozinho, e deliberadamente
o deixam dentro da gaiola.
O que é um
pouco maldoso.
Eu sei que o
Romãozinho é uma peste, e eu sei que ele causou bastante confusão desde o
início dessa história, mas ele tem se mostrado um pouco menos ruim do que
achamos que ele fosse… é ele quem diz onde está a chave para abrir a gaiola
quando a turminha vem resgatar o Anjinho, por exemplo, e ele chega a se colocar
na frente de um feitiço que era para o Aleluia para defendê-lo, então talvez
ele merecesse ser salvo. E também tem toda a história de a Cuca estar fazendo
ele ter pesadelos com os pais indo embora, o que o está deixando bem triste,
porque sua história é bem triste. Então, quando chegam ao Sítio do Picapau
Amarelo se sentindo vitoriosos porque conseguiram salvar o Anjinho, a turminha
precisa lidar com um Aleluia não muito feliz…
Afinal de
contas, eles não salvaram seu amigo!
O pessoal do
Sítio tenta se defender explicando para o Aleluia que o Romãozinho é mau, mas o
anjinho bravo tem um bom argumento: eles
também são, porque o deixaram para trás na gaiola da bruxa. Enquanto o
Romãozinho está visivelmente assustado nas garras da Cuca e do Tutu Marambá, a
Dona Benta também tem uma lição para as crianças. Ela conta uma história
interessante sobre “o bom diabo” e pergunta por que o Romãozinho não pode ter
“tomado jeito” convivendo tanto com o Alê… ela os ensina que ninguém é tão mau
que não mereça ser tratado com bondade, e as crianças percebem que talvez
tenham cometido um erro. Por isso, Pedrinho pede que o Anjinho fique tranquilo
e garante que eles vão trazer o
Romãozinho de volta!
Então, a
turminha parte mais uma vez para a
caverna da Cuca, o que deixa o Romãozinho muito feliz – e eu acho que isso vai
ser o último toque para a transformação do personagem. Afinal de contas, ele
fica contente em ver que se importaram com ele a ponto de retornar para lá e se
colocar em perigo, e Narizinho diz que foi o anjinho quem os fez voltar, ele é
seu amigo de verdade… e, de alguma maneira surpreendente, o Romãozinho gosta
dele também! Quando toda a turminha do Sítio (Narizinho, Pedrinho, Emília e
Visconde) é capturada pelos monstros e presa na gaiola junto com o Romãozinho,
Cuca fica pensando em diferentes maneiras de cozinhá-los, enquanto eles pensam
em maneiras de escapar e o Romãozinho comenta que “pelo menos o Alê está à
salvo”.
O que é
surpreendentemente fofo, no fim das contas.
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