Spare Me Your Mercy – Episódio 2

Cloreto de potássio.

Depois de ter assistido recentemente a “Kidnap”, que era bem ruim, e a “Jack & Joker: U Steal My Heart”, que não era ruim, mas tinha episódios muito mais longos do que justificados pelo roteiro, como é bom me sentir mais uma vez empolgado com um BL! “Spare Me Your Mercy” entrega um segundo episódio ainda melhor do que o seu episódio de estreia, com um delicioso gostinho de suspense e de mistério, e toda uma ambientação e um estilo de narrativa que inegavelmente me leva de volta aos tempos de “Manner of Death” – outro BL da mesma autora e do qual eu gostava demais! Esse segundo episódio tem toques de provocação (e não me refiro a romance ou tensão sexual ainda), e eu tento ainda me abster de tirar conclusões… cedo demais para isso.

“Spare Me Your Mercy” ainda deve brincar com reviravoltas.

Mas que o Dr. Kan age de maneira notadamente suspeita, isso ele age… não passa despercebido por Wasan o fato de Kan ter aparecido “por casualidade” no lugar em que Som estava sendo interrogado, e eu acho que esse é o grande jogo que mais está me agradando nesse início de série: o fato de ambos serem inteligentes, rápidos e, quiçá, dissimulados. Eu gosto de como ambos sabem o que estão fazendo, de como eles se testam, e de como essa “relação” é, inicialmente, de suspeita, perseguição e máscaras, mas como a interação constante pode fazer com que novas coisas sejam despertadas. Se cria todo um ambiente e todo um contexto interessantíssimo para essa trama que vai muito além do romance entre um médico e um policial.

Quando Wasan questiona Kan sobre o motivo de ele o ter seguido naquele dia, Kan tenta jogar a mentira mais esfarrapada possível, dizendo a Wasan que “ele gosta dele”. Eu até acho que ele encontra um bom fundamento para a sua mentira, dizendo que a mãe dele falava tanto sobre ele que “é como se ele já o conhecesse há muito tempo”, mas nem por um segundo nós acreditamos de fato no que ele está dizendo… e o roteiro não tenta nos fazer acreditar nisso, e rapidamente nos mostra uma ligação que evidencia o fato de Kan estar tentando manipular o Wasan. E Wasan é um policial experiente, atento a sinais e a detalhes – mas isso não quer dizer que ele não fique nem um pouco balançado com a atenção de Kan e a possibilidade de, quem sabe, ele estar falando sério…

Ele sorri com a comida que Kan envia para o seu apartamento!

A trama, no entanto, ganha corpo quando o resultado de uma autópsia traz informações que não foram obtidas de mortes anteriores… afinal de contas, as três mortes que tivemos no episódio anterior foram de pacientes com câncer em estado terminal, e é muito fácil alegar que “nunca se sabe o que pode acontecer nesses casos”. Quando a última das mortes também acabou em fogo, no entanto, era muito difícil negar a intenção criminosa – e a Dra. Rin traz resultados interessantes da autópsia realizada… Nipon Kongkham foi morto com uma injeção de cloreto de potássio antes do fogo, e isso levanta suspeitas: não só o cloreto de potássio pode ser conseguido em hospitais, como a pessoa que administrou a injeção parecia saber exatamente o que estava fazendo…

Como se trabalhasse na área da saúde.

Eu adoro o clima de tensão e de suspense que toma conta do episódio… e toda a sequência em que Wasan aparece de surpresa na casa de Kan É A MINHA FAVORITA DO EPISÓDIO INTEIRO. Depois de ouvir que a polícia está em busca de qualquer possa que tenha retirado cloreto de potássio do hospital, o Dr. Kan tenta se livrar dos frascos que tem em casa, mas ele recebe a visita inesperada de Wasan – e tudo ali é um grande jogo, de ambas as partes. Eu gosto de como os dois estão escondendo algo e de como os dois estão atentos. A cena do Kan entrando no banheiro antes de Wasan com a desculpa de que “ele está bagunçado”, para se livrar dos frascos vazios, mas saindo e se deparando com Wasan mexendo na sua geladeira, onde estão os frascos cheios, é simplesmente GENIAL.

Aquele talvez tenha sido o momento em que eu me apaixonei de uma vez por todas por “Spare Me Your Mercy”. A maneira como Kan quase falha em esconder o seu susto e o seu medo, a maneira como Wasan mantém uma expressão neutra e age “naturalmente”, mesmo depois de ter visto os frascos ali… tudo é muito sensacional! Agora, Wasan está provavelmente entre acreditar que Kan é o culpado pelas mortes, ou que ele pode saber algo que pode lhe ajudar. De todo modo, quando ele retorna para o hospital acompanhado de outros colegas, ele se depara com Wasan saindo às pressas com Orn, a sua enfermeira fiel, e uma caixa que eles não querem que seja aberta de modo algum… a tensão tomando conta daquela cena final dos três no carro! É justamente ISSO que eu quero ver.

Achei o episódio eletrizante.

Sinto que vou gostar demais dessa série!

 

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