Glee 3x01 – The Purple Piano Project
“You can’t
stop the beat!”
Exibido
originalmente em 20 de setembro de 2011, “The
Purple Piano Project” é a ESTREIA da terceira temporada de “Glee”, e dá aquela sensação gostosa de
que É MUITO BOM ESTAR DE VOLTA! Como uma boa abertura de temporada, algumas
coisas estão diferentes… descobrimos quem não faz mais parte do New Directions;
começamos a conhecer as pessoas que vão assumir esses lugares; descobrimos quem
está se formando e quem ainda tem mais um ano pela frente; exploramos um pouco
dos sonhos dos jovens para o futuro; vemos romances que floresceram ou
terminaram; e ganhamos bons números musicais que vão de um cover da banda The Go-Gos até musicais da Broadway como “Anything Goes” e “Hairspray”. É um excelente episódio!
Na temporada
passada, o New Directions chegou até as Nacionais, mas ficaram em 12º lugar –
em parte por causa do beijo de Finn e Rachel, que não foi considerado
apropriado para aquele momento. Agora, Will Schuester está determinado a
pressionar o glee club mais do que
nunca, para que eles vençam as Nacionais (é a última chance para alguns deles),
e eles já começam com um pequeno problema: eles têm três vozes a menos esse
ano. Sam se mudou para outro estado; Zizes deixou o New Directions porque “não
estava pegando bem para ela depois da derrota nas Nacionais”; e Quinn estava
sumida até pouco tempo atrás e, quando retorna, ela está transformada (visual completamente novo!), rebelde e decide que não
vai mais ser parte do glee club.
Para suprir
a falta dessas vozes, o Mr. Schue tem um plano: ele tem três pianos que foram
doados e pintados de roxo, e que ele pretende espalhar aleatoriamente pela
escola… a tarefa da semana do glee club
é cantar toda vez que eles virem um piano roxo – se é que esses pianos vão
sobreviver. Sue Sylvester está concorrendo a algum cargo político e ela
declarou guerra às artes nas escolas públicas! Não sei se é de fato uma grande
novidade de como Sue sempre agiu, em guerra com Will e o New Directions, mas
talvez agora essa guerra esteja mais séria do que nunca. Sue descobriu que
existem muitas pessoas, ali mesmo no McKingley High, que concordam com ela…
externar esse ódio que ela tem pelas artes parece uma boa maneira de conseguir
votos.
Infelizmente,
isso é tão real!
As Cheerios
infiltradas estão incumbidas de dar fim aos pianos roxos e “fazer parecer que
foram acidentes”, mas o New Directions mesmo não parece tão determinado assim a
cumprir a tarefa passada pelo professor – afinal de contas, eles ficam
ignorando um piano roxo que ele deixou no refeitório até o momento em que
Rachel chama a atenção deles, porque eles não podem fazer isso… está ali e eles
têm que cantar! A ideia é que essas apresentações motivem jovens que, como
eles, adoram a música e podem querer se juntar a eles no New Directions. É
assim que o New Directions se lança em uma empolgante performance de “We Got the Beat”, mas que não é
recebida com admiração pelos demais alunos… na verdade, vira uma caótica guerra
de comida.
Uma pessoa,
no entanto, parece ter se interessado… ou quase isso. E é assim que conhecemos
SUGAR MOTTA, uma das minhas personagens favoritas da terceira temporada de “Glee”. Sugar é uma garota estupidamente
rica (foi o pai dela que doou os pianos para a escola), diagnosticada com
Síndrome de Asperger (atualmente, o termo está em desuso, Sugar está dentro do
espectro autista, com nível 1 de suporte), e ela chega à sala do glee club falando sobre como ela “é
muito melhor do que todos eles” – e ela realmente acredita nisso, embora sua
performance de “Big Spender” seja
desastrosa. Mas eu adoro a maneira como ela se sente superior a todos, e isso
não tem a ver com o seu transtorno, na verdade… tem a ver com seu dinheiro.
Agora, Will
não sabe o que fazer em relação à Sugar… a política do New Directions sempre
foi a de que quem quer que fizesse audição e quisesse entrar entraria, mas
Rachel tem um ponto quando diz que ela é muito ruim e vai acabar os
prejudicando – e não foi ele mesmo quem disse que exigiria mais deles nesse ano
para que eles vencessem as Nacionais sim ou sim? Eventualmente, Will Schuester
precisa assumir uma postura diferente daquela que ele sempre teve, e é
interessante ver esse movimento… ele realmente diz a Sugar que não pode
aceitá-la no New Directions, e faz mais do que isso: depois de Santana e as
Cheerios tacarem fogo em um piano roxo e fingirem que foi u m acidente, Will
expulsa Santana do grupo… ela só pode
voltar quando estiver pronta para ser leal como os demais.
É uma
atitude que pega todo mundo de surpresa… mas
eu considero necessária.
O piano roxo
em chamas em questão é o piano da “audição” de Blaine Anderson para o New
Directions. Ainda vemos Blaine (lindíssimo) em seu tradicional figurino dos
Warblers no início do episódio, durante uma conversa com Kurt na qual ele fala
sobre ele ter dito que tomaria uma decisão antes do início das aulas… e nem
chegamos a ver o Blaine na Dalton Academy, porque eventualmente ele aparece sem
o uniforme dos Warblers caminhando lindo pelos corredores do McKingley High, e
isso inicia uma nova fase para o personagem… a sua cena com o Kurt é muito
fofa, e eu adoro a sua apresentação com “It’s
Not Unusual”. Um pouco exagerada,
talvez, mas precisamos aceitar que Blaine
Anderson é assim… e é uma boa adição aos New Directions.
Enquanto
pessoas como o Finn não têm ideia do
que vão fazer no futuro, Rachel e Kurt têm tudo muito claro em sua mente: como
eles vão para Nova York, estudar na Juilliard, Rachel vai ganhar um Tony antes
dos 25… até que Emma lhes conta que Juilliard não tem um programa para teatro musical, e eles precisam recalcular
a rota – e é a Emma quem os apresenta a NYADA, uma faculdade bastante rígida
que aceita poucos alunos todo ano, mas que eles podem e vão tentar, já que estão
determinados a se mudar para Nova York. Gosto dessa fase de Rachel e Kurt em
que eles são melhores amigos,
completamente diferente de toda a competitividade da primeira temporada, e eles
são ótimos em “Ding-Dong! The Witch is
Dead”.
Mas são
ótimos o suficiente?
A questão
surge porque Rachel e Kurt realmente se acham incríveis… eles acreditam que não
existe a menor chance de eles não
entrarem em NYADA, mas eles eventualmente ganham um choque de realidade quando
eles conhecem outros aspirantes a vagas em NYADA. Há uma parcela muito grande
de comédia aqui na maneira como todo mundo parece cópias de Rachel e Kurt, mas
a ideia fica muito clara: eles não são
tão únicos quanto acreditavam. É assim que ganhamos aquele mash-up de “Anything Goes” e “Anything
You Can Do” liderado pela Harmony, e que deixa Kurt e Rachel chorando no
carro mais tarde, se sentindo “humilhados”. Mas eles também acreditam um no
outro e dão toda a força para que o outro siga acreditando que consegue!
Agora, é uma
jornada em busca de uma vaga em NYADA.
E assim
começamos uma nova temporada de “Glee”.
Gosto de como esse episódio apresenta alguns conceitos, deixa algumas coisas
encaminhadas, inclusive menciona a escola de “West Side Story” como musical para esse ano, e agora vamos ver
como as coisas se desenvolvem… não vai ser fácil para o New Directions, mas
nunca foi. Dos três pianos roxos do projeto de Will Schuester, um foi destruído
por Sue, outro pelo fogo das Cheerios, mas de uma maneira ou de outra, eles seguem fazendo música – é uma metáfora
interessante ao New Directions em si. E eles estão ali. Como prova disso, o
número musical que encerra o episódio traz uma das melhores músicas de “Hairspray”, “You Can’t Stop the Beat”, e é basicamente uma promessa: você não pode parar a música.
Para mais
postagens da minha revisita a “Glee”,
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