The White Lotus 3x07 – Killer Instincts

“I can’t handle being nothing”

Chegamos ao penúltimo episódio dessa terceira temporada de “The White Lotus”. De modo geral, eu preciso dizer que eu não concordo com vários dos comentários que vemos na internet a respeito da temporada: a proposta da série sempre foi essa tensão crescendo sob os panos até o momento em que tudo explode, vide a primeira temporada, e eu acho que esse ano trouxe vários personagens interessantes e já entregou excelentes episódios, como o da Festa da Lua Cheia. Agora, estamos aguardando para ver o que o último episódio trará, porque é o momento da verdade enfim, mas “Killer Instincts” é uma boa preparação para o que quer que esteja por vir… no momento, no entanto, minha maior preocupação segue sendo com a Belinda.

Gary decidiu “oferecer um jantar” e convidou Belinda. Apesar de saber que ele sabe que ela sabe (“Friends”?), Belinda é convencida por Zion a ir ao jantar, o que nos rende um momento de tensão no qual ele tenta comprar o seu silêncio, oferecendo uma quantia de 100 mil dólares… preciso dizer que eu estou do lado do Zion nessa: são 100 mil dólares, e não aceitar pode fazer com que o Gary interprete como um sinal de que ela não vai ficar em silêncio sobre o que sabe/desconfia, mas Belinda está lidando com um dilema moral, porque ela não quer se sentir cúmplice da morte de Tanya. Existem dois desfechos possíveis para a personagem de Belinda: ou ela realmente vai morrer; ou ela vai aceitar o dinheiro de Gary e finalmente abrir o seu spa.

Saxon convence os pais a irem com ele ao tal jantar de Gary para o qual Chloe o convidara… talvez porque toda essa coisa de “Gary querer a sua presença” seja estranha demais para ele. Na verdade, Gary está muito mais preocupado com a presença de Belinda e o que ela pode ou não dizer, e para quem, do que com qualquer outra coisa… sinto que Saxon e as coisas que Gary diz sobre ele a Chloe são mais uma maneira de “mantê-la entretida”. Mas também nunca se sabe o que o Gary é capaz de fazer… de todo modo, a história que Chloe conta para Saxon e para Chelsea sobre a infância de Gary e por que ele quer assistir enquanto o Saxon transa com a sua namorada é uma das coisas mais bizarras do mundo. Devo dizer, no entanto: como a Chelsea pode ser tão maravilhosa?!

Sinto, no entanto, que a parte mais importante do episódio envolvendo o Saxon não tem a ver com a festa ou com Gary, mas sim com o pai… não é de hoje que ele vem percebendo que alguma coisa está errada com Tim, e ele finalmente o confronta porque ele quer saber o que está acontecendo – afinal de contas, ele trabalha com ele, ele apostou todas suas fichas nisso, o que quer dizer que sem isso ele não tem nada. A cena é forte, com Saxon explicando para o pai que ele não tem mais nada na vida, nem um hobby, e sem o sucesso ele não é nada e “não sabe se suportaria não ser nada”. Também é forte a cena de Tim, mais tarde, se imaginando matando não apenas a esposa, como fizera antes, mas também o filho, porque eles não vão conseguir lidar com o que acontecera.

Mas a arma não está mais ali.

Tim nem se deu conta do que pode ter acontecido quando viu Gaitok próximo aos seus aposentos em outro momento, mas não é como se ele pudesse ir até os chefes de Gaitok e acusá-lo de tirar do quarto a arma que ele roubara da guarita do segurança. Gaitok, por sua vez, descobre que ele “não tem instinto assassino”, e agora nos perguntamos como isso tudo vai ser resolvido, tendo em vista que apesar de “não ter instinto assassino”, Gaitok acabou de fazer uma descoberta que o obriga a fazer alguma coisa… ao ver Valentin e os amigos em uma luta à qual ele também compareceu, ele reconhece um deles como o assaltante do roubo que acontecera no hotel – no mesmo dia em que Valentin ficou conversando com ele, claramente para distraí-lo.

Interessante… todos são golpistas. Laurie que o diga.

Inclusive, irônico demais o cara tentando dar um golpe em Laurie!

Por fim, vemos Piper tentando cumprir o desafio imposto pela mãe, de passar uma noite no templo budista no qual ela pretende passar pelo menos um ano inteiro… e eu diria que a experiência acaba tendo mais efeito sobre o Lochlan do que sobre ela, talvez? Os dois passam por sessões de meditação, comem a comida oferecida e dormem em camas simples, e Piper é surpreendida pela decisão do irmão de que ele também quer passar um ano ali com ela. Piper não gosta da notícia. Agora nos perguntamos: ela não quer o Lochlan ali porque, no fim, a mãe estava certa e ela mesma não daria conta daquilo a que se propusera? Ou ter o irmão ali com ela a faz menos “única” e tudo isso tem mais a ver com “chocar” e “contrariar” a família que qualquer outra coisa?

 

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