Winter is not the Death of Summer but the Birth of Spring – Episódio 2

“Paradise in Hell”

Será possível encontrar a felicidade em qualquer lugar? Apesar de tudo, Pathomkan não consegue se lembrar dos seus dias na cadeia como os piores dias de sua vida nem nada assim… foram naqueles dias que ele inesperadamente conheceu quem pode ser o amor da sua vida. Durante dias potencialmente terríveis, Bible esteve ao seu lado, lhe fez companhia, o protegeu e foi o único motivo pelo qual Pathomkan sorriu, até o momento em que ele é liberado da prisão porque alguém pagou a sua fiança. Há uma crença em não olhar para trás quando se está deixando a cadeia, mas Pathomkan o fez, e não consegue atender ao pedido que Bible lhe fizera, de que ele não voltasse para aquele lugar. É naquele lugar que eles vão se reencontrar e a relação deles vai florescer.

Gosto muitíssimo de toda a sequência introdutória desse segundo episódio de “Winter is not the Death of Summer but the Birth of Spring". Além de ser uma cena visualmente muito bonita a de Pathomkan na piscina, gosto de como a série consegue traduzir, através dela, os sentimentos e pensamentos conflitantes de Pathomkan, que não consegue deixar de pensar no homem que conhecera nos dias em que estivera preso… secretamente, de uma maneira que ele não vai admitir nem a si mesmo, Pathomkan talvez queira voltar para lá – é inesperado, é quase doentio, mas uma parte irracional dele quer isso. Uma parte irracional sua não lamenta tanto quando os policiais o encontram na beira daquela mesma piscina com um mandato de prisão.

Enquanto Pathomkan está voltando para a prisão por causa de cheques fraudulentos, Bible segue lá dentro, e foi a primeira vez em que eu parei para pensar: o que o levara até lá? A verdade é que, apesar do encanto de Pathomkan pelo homem que “cuidou” dele naqueles dias, nós sabemos muito pouco sobre Bible… nesse episódio, inclusive, o vemos ser cobrado por uma dívida, e é por estar de cabeça muito baixa por causa do que acabara de acontecer que ele não vê o “novato” que acabou de chegar. Enquanto Bible está de cabeça baixa, pensando, seu amigo Kheuan vai “receber o novato”, porque ele tem planos… gosto de como o episódio cria alguma espécie de suspense até o momento em que Bible levanta o rosto e eles se veem finalmente…

Há uma conexão estranha ali, é inegável. Mas também há alguma aparente distância. Eles não conversam de verdade, mas um está sempre observando o outro. Pathomkan quer se aproximar, ele quer saber o que Bible está fazendo, ele fica especialmente encantado ao ver o sorriso que toma conta de Bible quando ele está rodeado de outras pessoas – de fato é um sorriso muito bonito, e é bonito como isso quase faz com que Pathomkan deixe escapar um sorriso tímido, mas satisfeito. A cena na biblioteca é, talvez, a melhor do episódio, quando Bible se deita para dormir com Kheuan e ele está claramente provocando o Pathomkan, e Pathomkan acha aquilo mais divertido do que qualquer coisa: até porque, de um jeito ou de outro, ele está recebendo atenção.

As provocações, os olhares furtivos, os sorrisos que nem sempre conseguem ser escondidos, a trilha sonora poderosa que é tocada repetidamente quando eles estão compartilhando um momento potencialmente romântico… tudo funciona para mim. No fim do episódio, eles finalmente se aproximam, quando Pathomkan está buscando uma camiseta desaparecida e Bible joga um balde de água fria (literalmente) sobre a sua cabeça depois de o colocar para lavar louça… ali é o auge da provocação, e não apenas pela água fria, mas pela sugestão de que Pathomkan pode ter voltado para aquele lugar apenas porque sentiu a sua falta. Bible sabe que, até certo ponto, está certo. E, então, ele lhe dá uma lição sobre lutar, sobre sobreviver e sobre encontrar a felicidade

Mesmo ali.

 

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